Algumas sinalizações do penúltimo debate eleitoral em Blumenau

Um debate, uma semana antes da eleição, serve também para sentirmos o termômetro em cada campanha, numa disputa marcada por pouquíssimas pesquisas eleitorais. O da ND TV com os candidatos à Prefeitura de Blumenau, neste sábado, mostrou que Egidio Ferrari (PL) veio para o ringue, ele que evitava polarizar com Odair Tramontin (NOVO).

O debate teve três blocos, com 5 minutos para cada embate entre os candidatos. Os dois primeiros foram a partir de temas pré-estabelecidos pela emissora, com sorteio do primeiro candidato a perguntar, para depois a escolha de quem iria responder e assim por diante até todos perguntarem e falarem.

No último bloco, tema livre. Egidio foi sorteado para fazer a primeira pergunta, indicou Tramontin para o debate e propôs como tema o papel da direita no Brasil. Disse que o Novo, no segundo turno da eleição de 2022, não teria declarado apoio à reeleição de Bolsonaro (PL).

Tramontin disse que Egidio foi eleito deputado por um partido de esquerda – PTB! e lembrou que Bolsonaro não veio a Blumenau para manifestar apoio. Citou a aliança do PL com o PSDB, o “senhor nunca foi de direita”.

Passaram 5 minutos debatendo quem é mais direita que o outro, num debate pouco produtivo para entender as propostas de quem quer administrar a cidade.

Na sequência, Tramontin ficou para fazer a pergunta, chamou Ricardo Alba (Podemos) e ficaram cinco minutos falando de corrupção, associando à candidatura de Egidio, que representa a administração municipal, além de trazer para o debate quem é mais de direita que o outro.

“Todos sabem que a maioria que entrou no 22 é vigarista”, disse Alba em determinado momento.

Ricardo Alba está de franco atirador, sabe que tudo que promete não vai cumprir por ter  remotas chances de eleger-se. Acrescentou no debate as propostas de zerar as multas dos radares eletrônicos, liberar corredores de ônibus para táxi, aplicativos e motos, tirar a área azul dos bairros, além de dizer que vai dar ônibus de graça, construir UPAs e ter uma guarda armada.

Ana Paula seguiu firme, com o discurso de paz e amor, mas parece não empolgar. Mas, tudo indica que o PT, nesta eleição, sairá maior do que nas últimas duas eleições municipais, independente da ida ou não ao segundo turno.

O PSOL, com Rosane Magaly Martins, seguiu cumprindo seu papel, defendendo a tarifa zero, UPAs e outras propostas sem um estudo mais prático e apontando críticas quando pode, em especial ao candidato do PL, que novamente foi o alvo principal do debate deste sábado, na ND TV.

Nesta reta final da campanha, neste debate, foi possível perceber a polarização entre Egidio e Tramontin, PL e NOVO, com Ana Paula correndo por fora, de olho nesta briga. O segundo turno parece inevitável.

Ricardo Alba e Rosane Magaly Martins estão num patamar abaixo, como era esperado, em especial pela pequena estrutura.

Quinta-feira terá o último debate, na NSC TV. Importante, mas este de sábado pode ter  servido também para uma eventual correção de rumo, isso para quem entenda necessário.

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