Prefeitura lança o Diagnóstico Social da Pessoa Idosa em Blumenau

Foto: Eraldo Schnaider

A Prefeitura de Blumenau, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social (Semudes), e do Conselho Municipal do Idoso (CMI) lançou nesta quinta-feira, dia 5, o Diagnóstico Social da Pessoa Idosa. Este estudo busca identificar o perfil da pessoa idosa que reside em Blumenau e tem um investimento de aproximadamente R$ 290 mil por meio do Fundo Municipal do Idoso (FMI). A instituição contratada para a execução da pesquisa técnica científica foi a Universidade Regional de Blumenau (Furb).

Com o perfil da pessoa idosa em Blumenau, é possível identificar demandas do município com esta população e propõe ações que atendam às necessidades apresentadas. A pesquisa tem um caráter técnico e científico que irá subsidiar as discussões do CMI, órgãos governamentais, organizações não governamentais, instâncias judiciais e demais atores da rede de atendimento para a formulação e aprimoramento dos serviços e políticas públicas voltadas para a população idosa.

“É uma grande responsabilidade para mim que irei continuar no governo para estudar esse material e aplicar os recursos onde realmente está necessitando. E além dos serviços públicos, o diagnóstico nos mostra o que é de responsabilidade dos serviços privados. Vamos avaliar e colocar em prática o que é possível para melhorar a qualidade de vida dos nossos idosos”, explica a vice-prefeita Maria Regina de Souza Soar.

O diagnóstico completo foi dividido em quatro volumes, sendo que o primeiro volume contempla os indicadores demográficos, socioeconômicos e dos direitos fundamentais da pessoa idosa. O segundo traz as estatísticas das instituições governamentais e não governamentais que prestam atendimento aos idosos e o perfil das Instituições de Longo Permanência (ILPI). O terceiro volume apresenta os resultados da pesquisa quantitativa e qualitativa realizada com as pessoas idosas. E o último faz a análise conclusiva e propositiva baseada nos dados apresentados nos outros três volumes.

Durante a pesquisa foram coletados dados referentes aos direitos fundamentais previstos no Estatuto do Idoso: Vida e Saúde; Liberdade, Respeito e Dignidade; Alimentação; Educação, Cultura, Esporte e Lazer; Trabalho e Profissionalização; Previdência Social, Assistência Social, Habitação e Transporte. E também dados sobre o Perfil Socioeconômico, para identificar as desigualdades sociais entre as diferentes regiões do município.

Alguns dados de destaque da pesquisa são de que em Blumenau há mais de 56 mil pessoas idosas e que a maioria reside nos bairros Itoupava Central, Velha e Progresso. A expectativa de vida na cidade é de 80,9 anos e em 2025 haverá mais idosos na cidade que crianças de 0 a 14 anos. E quanto aos atendimentos da Assistência Social, 40,5% utiliza como porta de entrada o Centro de Referência de Assistência Social (Cras), sendo a unidade II (Garcia) a que mais realiza atendimentos para os idosos.

“Fazer esse diagnóstico foi desafiador, desde a etapa de escrever o termo, incluir todas as políticas públicas voltadas para os idosos. O Diagnóstico nos tira da zona de conforto, porque assim como mostra tudo que é feito, ele nos mostra onde precisa ser feito mais, onde ainda há avanços a serem realizados. Com esses indicadores podemos investir nos serviços que precisam mais e nos territórios em que os idosos estão”, explica a secretária de Desenvolvimento Social Patrícia Morastoni Sasse.

Conheça o perfil da pessoa idosa em Blumenau:

  • É branca e longeva;
  • Tem predominância feminina;
  • Tem rendimento médio de R$ 2.728,00;
  • Volta ao mercado de trabalho (31,8%), para sentir-se útil e por necessidades financeiras;
  • Utiliza em maioria o sistema púbico de saúde;
  • Apresenta como principais comorbidades diabetes, depressão e neoplasias;
  • Pratica de algum tipo de atividade física (62,6%);
  • Utiliza de remédios (86,7%), principalmente para hipertensão, diabetes e depressão;
  • Realiza vacinações (85,9%);
  • Alimenta-se ao menos 3x ao dia (97,6%);
  • Estudou até o ensino fundamental;
  • É predominantemente católica (69,9%);
  • Tem dificuldades em uso das tecnologias, porém acessam a internet;
  • Reside em estruturas de alvenaria (78,3%) que são próprias (82%);
  • Utiliza em pequena proporção (10%) das políticas de assistência social;
  • Desconhece as ações do Conselho Municipal do Idoso;
  • Considera sua opinião respeitada pela maioria dos amigos e familiares;
  • Aponta fragilidades estruturais de calçadas e vias para idosos.

Fonte: PMB

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