Paulo França critica ausência de eleições no PMDB de Blumenau

O ex-secretário de Obras de Blumenau, Paulo França, comandou o PMDB na cidade durante quase 20 anos. Em outubro de 2015, quando chegou ao final  mais um mandato dele, não houve eleição. A Executiva estadual fez uma intervenção  e criou uma Comissão Provisoria Municipal, na época com o reitor da FURB João Natel na presidência.

Quase um ano e meio se passou e a situação permanece a mesma, mas hoje quem preside a provisória municipal é o empresário Ericsson Luef.  Por orientação do presidente estadual, deputado federal Mauro Mariani, o partido não chamou novas eleições na cidade. E nem tem previsão.

Como o Informe Blumenau vira e mexe escreve sobre situações que envolvem o PMDB, apontando que há um racha interno, Paulo França mandou uma mensagem, pontuando algumas questões, em especial o histórico do partido na cidade e a falta de eleições.

Confira.

Preciso esclarecer que o PMDB de Blumenau tem uma história com indicadores até hoje não alcançados, como por exemplo 2 senadores eleitos na mesma legislatura ( Evelásio Vieira e Jailson Barreto), assim como 2 deputados federais ( Renato Vianna e Vilson Souza) e 3 estaduais ( Alvaro Correia, Jair Girardi e João Manoel de Borba Neto) e também 5 prefeitos ( Evelásio Vieira, Felix Theis, Renato Vianna 2 vezes e Dalto dos Reis).

Como legado ficaram o Plano Diretor, Projeto do Esgoto, Sede da Prefeitura, Rodoviária, a primeira assessoria de Meio Ambiente de municípios não capitais do Brasil e a Oktoberfest entre muitos outros.

Porém, hoje em nosso País existe uma mistura de gestão pública e partidária sem critérios nem precedentes, que nos coloca na situação onde nos encontramos. Muito da situação econômica, administrativa , ética, moral e de valores se deve principalmente as estruturas partidárias e como tratam, entre outras coisas,  a formação de pessoas e o resultado não pode ser diferente.

Alonguei a introdução mais quero falar do PMDB e seu Estatuto , que prega no Art 3 , que qualquer pessoa em pleno gozo dos direitos políticos pode fazer parte, obedecendo o Estatuto. No Art 4 , que fala da organização, democracia interna, disciplina, reuniões, atuação e independência em relação às administrações públicas, novamente obedecendo o Estatuto. No Art 41 e 42 , que tratam das comissões provisórias, definem um prazo máximo de 2 renovações sem que ocorram as eleições do diretório.

Aqui nos encaminhamos para a sexta renovação!!!!

Então novamente reflito , como representar e organizar as políticas locais se na origem existe este descumprimento do documento que rege as ações partidárias? Que resultado esperar ? Sou obrigado a relembrar Ulysses Guimarães e Luiz Henrique da Silveira quanto a ouvir e estar do lado do cidadão sempre.

Abraço

Paulo França