Nova queda na inadimplência em Blumenau

Pelo segundo mês seguido o número de “enforcados” diminui em Blumenau. Quem comemora é o comércio, que visualiza mais pessoas com poder de compra. Confira os dados do departamento de economia da FURB, divulgados pela assessoria de imprensa da CDL.

Inadimplência de Blumenau diminui 1,58%

Esta é a segunda queda consecutiva do ano. O bom resultado é atribuído principalmente ao FGTS.

O índice de inadimplência de Blumenau de março reforça a tendência de queda registrada em fevereiro, com uma nova diminuição de -1,58% neste mês. O resultado indica que houve maior número de cancelamentos no SPC que registros. Conforme o gráfico, verifica-se que esta é a segunda queda do indicador no ano. O levantamento foi realizado pelo Departamento de Economia da FURB com base nos dados repassados pelo SPC da CDL Blumenau.

Na avaliação do professor e economista Bruno Thiago Tomio, responsável pelo Projeto Cidadania Financeira no Vale do Itajaí da FURB, parte dessa queda é derivada do aumento de recursos financeiros disponibilizados à população através dos saques de contas inativas do FGTS. “Espera-se que essa concessão de recursos ao longo do ano reforce a queda na inadimplência, porém, também elevando o número de negócios na economia blumenauense”, explica Tomio.

Para o presidente da CDL Blumenau, Helio Roncaglio, março foi um mês positivo para o comércio da cidade, pois apesar do aumento nos registros, o que é normal em tempos de retomada econômica, houve um número expressivo de cancelamentos no SPC. “Acreditamos que os bons resultados estão diretamente relacionados a liberação do FGTS das contas inativas”, afirma.

Cancelamentos x Registros

Em relação à quantidade de registros em março de 2017, houve um aumento de 24,29% em relação ao mês anterior, fevereiro de 2017. A quantidade de novos registros de março deste ano é quase 10% menor que os registros criados no mesmo mês do ano passado.

Em relação aos outros dados sobre os registros em Blumenau, o mês de março de 2017 apresenta poucas variações negativas, que indicariam uma diminuição de registros, isto é, crédito inadimplente. No entanto, a atividade econômica acaba por gerar negociações que não tem um final como planejado, gerando inadimplência. “O importante é que haja atividade econômica e isto é encontrado nos indicadores atuais”, afirma Tomio.

Em relação ao mês anterior, março de 2017 apresentou uma elevação de 25,28% nos cancelamentos de registros. Isso demonstra a força da retomada de crédito advinda dos recursos do FGTS. O comportamento do indicador neste mês é bem diferente do que ocorreu em março de 2016, quando houve uma queda de 10,73% nos cancelamentos.

Os indicadores de cancelamento de março de 2017 tiveram variações significativas, tanto em variações mensais quanto anuais. A exceção é a variação mensal de valor por pessoa, que teve uma diminuição, o que ocorre pela variação maior em pessoas cancelando seus registros do que na variação dos valores desses registros cancelados. No geral, é um mês excepcional. 

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