O vereador Jovino Cardoso Neto (PSD) é mesmo uma metamorfose ambulante, lembrando a música de Raul Seixas. Foi ele que fez os questionamento mais agudos e controversos na sessão desta quinta-feira na Câmara Municipal, referente ao conteúdo das delações da Odebrecht que envolvem políticos de Blumenau.
Fez dois requerimentos, um aprovado e outro rejeitado. O aprovado é inócuo. Convoca Paulo Welzel, delator que apontou o nome dos blumenauenses que teriam recebido valor de Caixa Dois e os objetivos da empreiteira na cudade para depor no Legislativo Municipal. Alguém acredita?
O segundo, rejeitado, solicitava o cancelamento imediato dos trabalhos da Odebrechet Ambiental na cidade. Contou com os votos de Adriano Pereira (PT) e Professor Gilson (PSD), mas recebeu criticas de colegas, que já estavam engasgados com a ultimas posturas de Jovino Cardoso Neto. “O vereador tem que parar de jogar para torcida”, disse Alexandre Mathias (PSDB). Ailton de Souza (PR), o Ito, reclamou do colega, dizendo que ele tem buscado jogar a população contra a Câmara.
Jovino Cardo fez questão de lembrar que o Legislativo aprovou em 2013 “um reajuste na taxa da coleta de lixo para reequilíbrio financeiro da empresa. Quem pagou a conta foi a população”, disse o polêmico vereador.
Em 2013 Jovino era vice-prefeito de Blumenau. Em 2008 votou pela concessão. Agora virou critico.
Além de Jovino, apenas três vereadores citaram na Tribuna a delação que colocou os holofotes da Lava Jato em Blumenau, mesmo assim de forma muito superficial. Foram eles Adriano Pereira, Sylvio Zimmermann(PSDB e lider do Governo) e Marcelo Lanzarin (PMDB).
Se não houvesse o debate sobre os requerimentos de Jovino, talvez o escândalo que envolve nossas principais lideranças políticas, inclusive o prefeito, nem teria sido citado.
Nesta mesma sessão, dois vereadores citaram o dia do hino nacional brasileiro, falaram da reativação do relógio da Igreja Luterana e muitas mensagens de Feliz Páscoa. Oldemar Becker (DEM) ainda exibiu um vídeos com sua homenagem de Páscoa.
Assim a vida segue no Legislativo. Jovino Cardoso Neto em sua mutação política provoca debates importantes, mas de forma populista e demagógica. Os demais, com exceção também a Adriano Pereira, dizem amém ao Executivo. Apesar de não haver provas contra os políticos de Blumenau na lista do ministro Edson Fachin, do Supremo, nao dá para fazer de conta que nada aconteceu. Vivemos sim um tsunami político
PS: Lembrando que a Câmara de Blumenau também foi citada na delação de Paulo Welsel. Ele teria distribuído R$ 130 mil para algumas campanhas de vereadores em 2012, sem citar os que teriam recebido.
E nós pagamos esta conta….dos obtusos da câmara de vereadores
Óbvio que Alexandre Matias vai dizer que Jovino joga para torcida no caso da Odebrecht…quem era o presidente do samae mesmo??????