Aroldo Bernhardt
Professor
Foi Hobbes, a partir da consideração de que os humanos são incapazes de outra racionalidade que não a do cálculo, quem legitimou a organização do Estado forte. O propósito seria a contenção dos excessos individuais e de grupos, e assim favorecer a harmonia social. A partir daí e de outras contribuições surgiu o Estado Nacional (ou Moderno).
A realidade e o pragmatismo, entretanto, negaram a tese hobbesiana. Logo a política, essência da convivência humana, foi reduzida a um autêntico “balcão de negócios” e o mundo transformado num imensurável mercado, açambarcando tudo e todos. Até o tempo “virou dinheiro”.
Em outros termos, atualmente o Estado cambaleia sob o peso dos interesses corporativos e se transformou em mero instrumento do poder econômico, fato que estimula a corrupção. É assim aqui e acolá, porque a coexistência humana se resume agora a um “economicismo” centrado no mercado, onde vale tudo para eliminar o concorrente, principalmente na sanha pelo erário.
No Brasil a delação da Odebrecht comprovou que de fato o poder real está nas mãos de grandes conglomerados (e consequentemente da lógica excludente e “maximizante” do Mercado). Segundo o patriarca dos delatores há pelo menos três décadas, mas acredito que desde sempre.
Infelizmente a legislação que trata direta ou indiretamente das coisas da Politica, em especial a legislação eleitoral vigente, apresenta um efeito colateral preocupante – há uma crise de representação – o povo não se sente representado, especialmente em relação ao Parlamento (onde 70% dos congressistas são empresários e latifundiários).
Enfim, a atual situação de crise pede a reversão dessa lógica que subordina ao superior interesse público ao interesse privado. Algo na linha de um projeto cultural que envolveria práticas individuais, coletivas e institucionais muito complexas.
Contudo é possível agir de maneira imediata e objetiva, daí a primeira providência é a Reforma Política, com o propósito de limitar a influência do poder econômico no sistema representativo e no aparelho do Estado.
Esta correto o professor , mas deveria ter escrito isto desde o governo de Lula .
Olá, Professor Aroldo!
Primeiramente permita-me pedir-lhe o obséquio de o senhor revisar estes seus dois parágrafos:
“No Brasil a delação da Odebrecht comprovou que de fato o poder real está nas mãos de grandes conglomerados (e consequentemente da lógica excludente e “maximizante” do Mercado).”
“Enfim, a atual situação de crise pede a reversão dessa lógica que subordina ao superior interesse público ao interesse privado.”
Falhas gramaticais de concordância, Sr. Aroldo. Acredite. Difícil interpretar. No primeiro, creio que trocou o “na” pelo “da”. No segundo, repetiu o “ao”.
Vamos ao que interessa:
O senhor propõe como prioritária a reforma política.
Não seriam prioritárias as da previdência e trabalhista?
Como ficariam ou ficarão os nossos descendentes?
Alcino Carrancho
(O Leitor Atento)
– O PSDB retirou Aécio Neves de líder do partido em virtude da operação lava jato .
– O PT levou a presidente do partido a Senadora Gleise Hoffmann , envolvida na operação lava jato
Qual a opinião do Professor sobre estas ações ?
Desiste, Rubens Serpa!
O Profi não vai responder-te!
Donos da verdade são seres superiores a nós, não sabias?
Alcino Carrancho