Quem é o animal? O escandaloso caso da cadelinha Aline

Foto: Facebook

A criação de uma diretoria de Bem Estar Animal e do Centro de Prevenção e Recuperação de Animais Domésticos (Cepread) foram promessas de campanha do então candidato Napoleão Bernardes (PSDB) em 2012. Viraram realidade em 2014.

Mas, com uma estrutura muito meia boca e decisões duvidosas, gera mais dissabor do que dividendos para a administração tucana.

É grande a decepção de quem precisa dos serviços do Cepread e das dezenas de voluntárias da causa animal.

Mas bem pior que qualquer falta de estrutura, está a falta de sentimentos, de humanidade daqueles que são pagos com dinheiro público para cuidar dos animais.

O mais recente episódio, que veio a público graças as redes sociais e agora na grande mídia,  é o caso da cadelinha Aline.

Depois de ficar cinco meses numa clinica veterinária, foi adotada por uma família em outubro do ano passado. Aline não tinha o movimento das duas patas traseiras, o que não a impedia de ser serelepe e cheia de vida.

Tão cheia de vida que fugiu da casa onde foi acolhida. No mesmo dia foi encontrada por um pedreiro, que chamou o Cepread, isso a tarde. A família soube e na manhã do dia seguinte esteve no centro e aí a surpresa, a dor e a decepção com o ser humano.

Foto: Facebook

A cadelinha Aline foi sacrificada. Mesmo com os sinais que o animal tinha dono, os servidores do órgão não esperaram. Em menos de 12 horas decidiram matar o bichinho.

O responsável, Luiz Carlos Kriewald, disse que o animal estava com escoriações e que não cabe ao órgão ir atrás da família. “O protocolo não determina isso, o protocolo diz que os proprietários devam procurar”. Ao ouvir esta resposta, a competente repórter Marina Dalcastagne, da RBS TV, disse: “mas não daria nem tempo, né?” Ele concordou, dizendo que a decisão foi tomada pela superlotação do espaço. Você confere aqui a reportagem, onde é possível ver a vitalidade do animal, mesmo com os problemas na pata.

Kriewald e os veterinários envolvidos cuspiram em seus diplomas. Não merecem estar onde estão. Vão sofrer ações para que percam ou pelo menos tenham seus registros profissionais suspensos.

A Prefeitura também será acionada judicialmente.

E o prefeito Napoleão sofrerá mais um desgaste político, em uma área que demonstrou boa vontade para resolver, mas não resolveu porque não priorizou de fato a situação.

Na próxima quarta-feira, acontecerá um ato em frente a Prefeitura e depois uma tentativa de conversar com o prefeito.

Você pode buscar mais informações no Facebook do Esquadrão Pet.

Abaixo você confere uma nota oficial emitida pelo Cepread.

 

4 Comentário

  1. Caso atípico ou contumaz ?

    As versões são complicadas , mas e a família que adotou, teve os cuidados necessários com a cachorra ?

    Como um animal sem movimento nas patas traseira foge de uma residência ?

    Não defendo nem acuso ninguém , mas ficam as perguntas .

  2. Olá Rubens… Tudo certo?
    Assista ao vídeo da matéria que foi ao ar pela RBS TV hoje, ao meio dia. Nele, aparece um vídeo feito pela familia, onde aparece a Aline correndo com as patinhas da frente e brincando, super serelepe e ativa. A tutora da Aline, também explica (se não me engano, foi na reportagem que apareceu na RBS TV tb) que o jardineiro, por volta das 11h foi embora e viu que ela saiu, mas achou que não teria problema ela dar uma voltinha, pois a casa é num final de rua.

  3. Leia sobre o caso e veja os vídeos da cachorrinha que terás as respostas para suas perguntas.

  4. Se o animal já tinha problemas de saúde, mais um motivo para a familia cuidar melhor. Que precisa ser responsabilizado é quem viu o animal ir pára a rua e nada fez para ele voltar e nem avisou a família.

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