Dois projetos tramitam na Assembleia Legislativa para acabar com as Agências de Desenvolvimento Regionais e, ironicamente une o PT e o PSDB, pois são de autoria das deputadas Ana Paula Lima e Dóia Guglielmi. Os parlamentares questionam o custo com a estrutura, entre eles o número de cargos comissionados e gastos com alugueis.
As ADRS são a versão repaginada das Secretarias de Desenvolvimento Regionais, menina dos olhos do falecido governador Luiz Henrique da Silveira, que via nelas a descentralização do governo. Elas foram criadas em 2003.
Quando era adversário, Raimundo Colombo (PSD) chamava elas de “cabide de empregos”. Viraram parceiros, Colombo foi eleito governador e as SDRs se mantiveram.
Com a morte de LHS, as SDRs viraram ADRs em 2015, com a redução de estrutura, mas não tanto.
Os projetos precisam passar pelas comissões da Assembleia e tem claros vícios de constitucionalidade. Mas o debate é extremamente válido e coloca o PMDB isolado no parlamento. Além de PT e PSDB, o PP e PR também defendem a extinção.
O PSD hoje é Governo, mas já havia sinalizado posição contrária as ADRS, ainda mais nesta queda de braço pré-eleitoral com o PMDB. Mas torcerá para que o projeto não avance nas comissões, imagino eu, para evitar desgaste desnecessário.
Sempre foram cabides de empregos para comissionados , sua utilização é irrisória
frente aos custos .
Não irão acabar com estes cabides de emprego, pois os que agora são a favor de acabar, depois precisam lugar para colocar os seus cumpinchas das sobras eleitorais.