O prefeito Napoleão Bernardes (PSDB) vai encarar um dos maiores desafios da sua gestão, se não o maior. Com a intervenção realizada no Consórcio Siga neste domingo, 8, a Prefeitura deixa de ser o poder concedente para tornar-se o gestor do sistema. Ou seja, terá que meter a mão na massa e não apenas fiscalizar e cobrar.
Ainda não sabemos como se dará esta administração de fato, mas quem estará na linha de frente. Sérgio Chisté, ex-presidente do Seterb, cuidará do Consórcio Siga e Jardel Range fica com a Glória, o calcanhar de Aquiles do sistema. Não conheço Range, mas ele já trabalhou com Chisté e imagino que venha daí a indicação. São eles os indicados pelo prefeito para dar conta de um problema recorrente. O transporte coletivo de Blumenau e sua caixa preta.
Cerca de 120 mil pessoas circulam diariamente pelo transporte coletivo da cidade, para se entender a visibilidade e a repercussão deste tema. Se pedia uma posição firme da gestão tucana e ela faz. Agora terá que se virar nos trinta, ou nos noventa, prazo do decreto sobre a intervenção, renováveis por mais 90 dias. Não será fácil, a comunidade terá que ter paciência. Mas a Prefeitura não pode errar.
PARALISAÇÃO
Os trabalhadores da Empresa Nossa Senhora da Glória, responsável por quase 70 % do serviço e dos empregos, mantém a paralisação para esta segunda-feira, pelo menos na parte da manhã. O salário mais uma vez não foi depositado na conta e o Sindetranscol disse que a orientação é aguardar se haverá ou não o pagamento nas primeiras horas do dia. Caso não aconteça, ficam de braços cruzados.
As outras duas outras empresas do Consorcio Siga, Rodovel e Verde Vale, devem operar normalmente, segundo a Prefeitura. E também vão buscar atender alguma demanda da Glória. Confira a orientação da Secretaria de Comunicação.
ENTENDENDO
A Prefeitura agiu com prudência, como um tema sensível como este requer. A criação da Câmara Técnica foi o primeiro passo, depois a nomeação de Sérgio Chisté para participar, sua presença física no Consórcio Siga e a ida do Sindicato dos Trabalhadores para negociar com o sindicato patronal em Florianópolis e não mais com o Consórcio Siga indicaram o caminho. Mas sem alarde, foi uma boa construção.
Agora o furo é mais embaixo. E é com a Prefeitura. Boa sorte.
Intervenção deveria ser efetuada por pessoa com conhecimento técnico, conhecimento de politicas publicas , experiencia no segmento . Para resolver um problema desta grandeza , não se pode brincar . deveriam ter contratado uma empresa privada , com conhecimento de causa , sem vinculo partidário , pois no fim das contas , quem esta pagando o “pato” novamente é a população. Estão a 03 anos brincando de governar , agora utilizam manobra jurídica para mascarar a incompetência do SETERB que é a autarquia que deveria fiscalizar o contrato de concessão . E a Câmara de vereadores o que tem a dizer , já que sua função é fiscalizar o executivo e suas responsabilidades ? Vamos ver qual vai ser o discurso da base aliada , são somente 11 vereadores .