Para surpresa minha e de muita gente, alguns dias depois de uma decisão judicial de repercussão nacional, o vereador Jovino Cardoso Neto (PSD) protocolou um projeto que “institui meia entrada para mulheres para ingresso em casa de diversão, de espetáculos teatrais, musicais, circenses, de exibição cinematográfica, parques, estádios, praças esportivas e similares das áreas de esporte, cultura e lazer”.
O argumento do vereador, publicado pela RBS, é que “os homens colocam calça e camisa e estão prontos. As mulheres têm um custo maior para o preparo, com maquiagem etc. Ela já tem um custo elevado”.
Mas a CCJ barrou o avanço da proposta. O vereador Bruno Cunha manifestou-se em suas redes socias, de forma contundente, onde chama o projeto de infeliz e machista.
“Com muito orgulho arquivamos hoje esse projeto na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Levei o sentimento de repúdio de muitas amigas e mulheres na minha manifestação, aonde deixei claro que além dos aspectos inconstitucionais, considerei o projeto muito infeliz. Entendemos que o que as mulheres precisam não é de desconto em eventos e baladas, mas sim RESPEITO e RECONHECIMENTO. Precisamos desconstruir esse universo machista!!”
A cobrança distinta para homens e mulheres foi considerada ilegal em junho, pela juíza Caroline Santos Lima, do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania de Brasília, em um processo que julgou. Nele, um homem requisitava o direito de pagar o mesmo valor que mulheres em um evento. Para ela, a prática afronta a dignidade das mulheres.
Quer conhecer melhor a proposta de Jovino Cardoso e opinar sobre ela? Acesse Meu Voto Vale.
Infeliz o povo que precisa ser tutelado.
Eu só queria entender: se sou dono de uma casa de espetáculos e decido cobrar meia entrada para mulheres, ou para homens, ou para transgêneros ou para pessoas acompanhadas, ou solteiros ou casados ou a pqp, não poderei?
Precisarei vir alguém me tutelar?
Êta povinho!
Alcino Carrancho
E nós pagando os salários e mordomias para este bando.
Este projeto só foi apresentado para continuar na mídia. Será que na Igreja dele também as mulheres só pagam 50% de dízimo?