O convênio firmado com o Governo do Estado nesta segunda-feira, 09, é importante, mas insuficiente e atrasado.
Os R$ 8,8 milhões previstos no documento assinado durante a cerimônia, que reuniu autoridades e políticos na ADR Blumenau, representam menos de cerca de 10% das despesas totais previstas no ano pela direção do hospital, entre R$ 85 e R$ 90 milhões.
O Santo Antônio é o principal hospital público da região, mas não é encarado como regional. 92% dos atendimentos é feito pelo Sistema Único de Saúde.
O presidente do Conselho Curador do HSA, João Rausch, agradeceu o novo convênio, mas não mostrava-se satisfeito. Destacou que houve uma vacância de três meses entre o convênio antigo e o atual, valor que não foi custeado pelo Estado, cerca de R$ 2,2 milhões, dinheiro que se perdeu e quem teve que arcar foi a instituição.
Também lembrou da dívida da Prefeitura com a instituição, referente ao atendimento pediátrico de emergência. Segundo João Rausch, quando o Hospital Santa Isabel anunciou que iria suspender o atendimento no seu pronto socorro para crianças, ficou acertado que faria um pagamento mensal por três anos para o HSA.
Passou o tempo e chegou a vez da Prefeitura pagar cerca de 150 mil por mês, o que não o fez nos primeiros três meses, segundo o presidente do Conselho.
O Município não tem obrigação legal, mas aporta R$ 659 mil por mês para custeio do hospital. A secretária de Saúde Maria Regina Soar, uma das primeiras a manifestar-se na solenidade de hoje, lembrou as responsabilidades da Prefeitura, sinalizando que não tem caixa para atender mais esta demanda.
Projetando as contas, João Rausch estima fechar 2017 com cerca de R$ 7 milhões no vermelho.
As falhas nos compromissos do Estado e da Prefeitura são importantes, mas o gargalo está na famosa tabela SUS, ainda mais para uma unidade que atende basicamente a população de forma gratuita.
Foi falado que há procedimentos sem reajuste há mais de 20 anos.
Ou seja, a conta não fecha e sobrará para a população. A direção do Hospital Santo Antônio já anuncia que irá reduzir o atendimento, como as cirurgias eletivas ortopédicas. “Faremos apenas o que está contratado”, afirma Rausch.
Secretaria de saude , deputado, vereador , prefeito sempre com o mesmo discurso , mas resolver , nada .
Se o atendimento é regional , onde esta a contrapartida das prefeituras vizinhas ?
Se os municipes de cidades vizinhas utilizam o hospital, porque estas prefeituras não ajudam ?