Depois de criar toda uma polêmica, vereadores de Blumenau foram conversar pela primeira vez com os educadores da escola estadual Elza Pacheco, responsáveis pelo projeto pedagógico que gerou a moção de repúdio do Legislativo. Foi nesta terça-feira pela manhã.
A reunião aconteceu de portas fechadas, a pedido dos educadores, por conta da exposição.
A comunidade escolar está muito machucada. Conversei com dois professores, que pediram para não identificar-se. “Estamos sendo ofendidos e desonrados nas redes sociais, como se tivéssemos fazendo algo indecente, denegrindo um trabalho pedagógico da escola, que é bastante reconhecido”, afirmou uma professora.
“Não estamos fazendo a ideologia de gênero e sim falando de preconceito e diversidade”, afirmou também.
Sete vereadores estiveram presentes: o presidente e autor da moção, Marcos da Rosa, Almir Vieira (PP), Ricardo Alba ( sem partido), Becker (DEM), Alexandre Caminha (PROS), Ailton de Souza (PR) e Professor Gilson (PSD).
Os vereadores Ito e Gilson, que votaram contra a moção, lamentaram a postura dos colegas. “Expuseram alunos, professores e a escola como um todo em rede nacional”, afirmou Ito.
O vereador Ricardo Alba foi um dos presentes. “Considero positivo o encontro, ouvimos os educadores, entregamos os pontos da moção, mas mantenho minha posição. A discussão contraria os planos municipal, estadual e nacional de educação e ouve apenas um lado”, afirma.
O vereador Marcos da Rosa saiu satisfeito. “Foi importante a conversa. Fiz questão de falar sobre o respeito que a Câmara tem pela escola e os professores, mas não concordamos com apenas uma visão sobre esta discussão. Sugeri que fosse feito um debate, convidassem outras pessoas com visões diferentes para tratar o tema”, disse o presidente do parlamento.
“Nossa posição está mantida, somos contra a realização do evento como está posto. Apresentamos nossos argumentos para a direção da escola e cabe a ela, junto, com a ADR, decidir. Para mim o assunto está encerrado”, afirmou também, considerando que a polêmica toda foi importante para debater o tema. “Muita gente está conosco”.
É isso, essas foram as conversas que tive com alguns envolvidos.
Está claro que o problema não está no tema em si, mas no caráter político que tomou. Tenho certeza que, se o Lenilso Silva, suplente de vereador pelo PT, não estivesse entre os palestrantes, não daria este furdunço todo.
Pelo bem de todos, precisamos desarmar o ambiente bélico criado pelo parlamento municipal e respeitar a autonomia da escola. A proposta da escola, com o tema escolhido pelos alunos, é debater diversidade, entre elas a sexual.
E ponto final.
Cada pessoa em sua opinião , meu filho não participaria desde debate .
Já tem professor se fazendo de vítima. Típica estratégia de quem fez besteira e agora tá com o rabo entre as pernas. O tal “debate” não seria debate algum, pois apenas um lado seria ouvido, ou seja, o lado dos doutrinadores. Debate implica na exposição de duas ideias divergentes, e não apenas uma. Simples assim, mas tem gente que não entende nem isso, por mais primário e básico que seja. Ideologia de gênero não faz parte do currículo escolar. Os pais que perceberem que professores estão interferindo na seara da família, podem e devem levar a denúncia ao Ministério Público.
Seria covardia com os pais que lutarão tanto para que seus filhos se tornassem meninas como mulheres e e meninos como homens. Estamos numa sociedade onde a controvérsia e batida de frente. Não somos obrigada a ser igual a ninguém, e minha filha e nem meu filho vão ser obrigados a escuta essa baboseira. Acredito q falo isso por 99% da sociedade consciente.