A Câmara de Blumenau e os índios de José Boiteux

Se tem uma ação da Câmara Municipal de Blumenau importante é a iniciativa de aproximar-se da comunidade indígena de José Boiteux, por conta do impacto que o problema social que eles vivem traz para a barragem Norte, a maior do país e com maiores reflexos na nossa cidade quando corremos risco de enchentes.

Na sessão desta quinta-feira, dois representantes daquela comunidade usaram a tribuna para dizer que muito pouco avançou desde o último impasse, em julho,  quando tomamos mais um susto com a enchente.

O presidente da Câmara Municipal de José Boiteux, Hélio Farias, fez uma cronologia da situação, desde 1972, quando começou a construção da barragem, passando por 1992, quando ela foi finalizada, lembrando as inúmeras promessas feitas pelas autoridades, no caso, o Governo Federal, com uma parcela de responsabilidade do Governo do Estado.

“Em 1992 foi feito um protocolo de intenções, assinado pelo Governo Federal, e muito pouco foi cumprido. É isso que cobramos, nossos direitos”, lembrou. Disse que a ocupação da barragem é uma atitude extrema, para que as autoridades e a sociedade despertem para a situação deles. “Aí nos chamam de vândalos”, desabafa.

O cacique Jonas destacou a visita dos vereadores de Blumenau e pediu novamente o apoio para o cumprimento do acordo firmado em 2015.

Os dois estiveram na Câmara a convite do vereador Alexandre Matias (PSDB).

Parabéns para o Legislativo de Blumenau. Pouco podem fazer, mas dando visibilidade a este importante tema, desmistificam muita coisa.

Os índios não são os vilões desta história.

Relembre a visita dos vereadores aqui.

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