Se tem coisa que me deixa incomodado são discussões inócuas. Na noite desta quarta-feira, 18, aconteceu mais uma. A Câmara de Vereadores promoveu uma audiência pública para debater a criação da Guarda Municipal Armada. Chegou-se a conclusão que todo mundo já sabia: não vai dar!
A audiência foi solicitada pelo vereador Marco Antônio Wanrowsky, do PSDB, mesmo partido do prefeito Napoleão Bernardes, que já manifestou publicamente a incapacidade financeira da Prefeitura de arcar com os custos da nova Guarda. Participaram, além do proponente, os colegas Célio Dias (PR), Ivan Naatz (PDT), Beto Tribess (PMDB) e Vanderlei de Oliveira (PT).
Também estiveram presentes representantes da ACIB, CDL, OAB, Consegs, Polícia Civil e Polícia Militar, além de Marcelo Schrubbe (PSB), secretário de Defesa do Cidadão, pasta que abrigaria a estrutura, caso fosse criada.
Schrubbe apresentou os custos para ter uma estrutura com 60 agentes e cinco viaturas, além dos equipamentos: R$ 5 milhões para a largada e R$ 3,5 milhões anuais. No primeiro semestre deste ano, o secretário ainda pensava em dar um gás na implantação, mas o prefeito cortou o entusiasmo dele em seguida, por causa dos custos. Vale lembrar que a criação da Guarda Municipal foi destaque na campanha eleitoral de Napoleão, assim como dos demais concorrentes.
É inegável a necessidade de termos uma Guarda Municipal, o que precisaria ajustar é o modelo e as responsabilidades. Agora, se o Executivo já disse que não tem recursos para a criação, fazer audiência para debater o tema é para jogar para a torcida, fazer blá blá blá. O proponente diz que é preciso pressionar o Governo Federal para liberar os recursos, sem citar que a responsabilidade pela segurança é de competência do Governo do Estado.
Para não dizer que não houve algo realmente propositivo na audiência de ontem a noite, o representante do Consegs, Osni Buhr, sugeriu que a Câmara destinasse 1% do duodécimo para a criação da Guarda. Além disso pediu empenho de todos para cobrar do do governo Raimundo Colombo (PSD) mais igualdade na distribuição de efetivo e recursos.
Daí duas boas propostas, que não foram encampadas. Agora falar da criação da Guarda Municipal em Blumenau só em 2016. Ano eleitoral pode.
Segurança, obrigação do Estado, não do município. Porque preciso pagar esta conta? Sou contra a Guarda Municipal Armada.
Para cobrir os custos da Guarda Municipal, basta reduzir o repasse da Prefeitura para a Câmara de vereadores , reduzir o cabide de cargos comissionados , efetuar de forma real redução de custos com aluguéis de veículos , imóveis , etc… Qualquer empresa privada com o orçamento mensal da Prefeitura , atenderia a população e ainda sobraria recursos para efetuar investimento todo mês . O que falta é seriedade com a coisa pública .