Prefeitura patrola e aprova projeto que muda plano de cargos e salários para a Saúde

Com o plenário lotado de servidores da Saúde, em pouco mais de uma hora de debate, a Câmara Municipal de Blumenau aprovou o projeto da Prefeitura com mudanças no plano de cargos e salários, um compromisso assumido pelo prefeito Napoleão Bernardes (PSDB) com a categoria após a greve de 2014.

Diga-se de passagem, mudou o projeto do próprio Executivo lá atrás.

Foram oito votos a cinco. O presidente Marcos da Rosa (DEM) não vota, só em caso de desempate. Jovino Cardoso Neto (DEM) estava ausente.

Votaram favoravelmente ao projeto: Os três do PSDB – Jens Mantau, Sylvio Zimmermann e Alexandre Matias -, Oldemar Becker (DEM), Almir Vieira (PP), Ailton de Souza (PR), Bruno Cunha (PSB) e Alexandre Caminha (PROS).

Votaram contra os vereadores Marcelo Lanzarin (PMDB), Zeca Bombeiro (SD), Adriano Pereira (PT), Ricardo Alba (Patriota) e Professor Gilson (PSD).

Apenas cinco vereadores usaram a tribuna para fazer a defesa do seu voto.

O ex-secretário da Saúde, Marcelo Lanzarin foi o primeiro. Disse que “o sindicato sempre foi contra o plano de carreira para os servidores”, mas defendeu a rejeição ao projeto. “Lamento que tenhamos que trazer um projeto para reduzir salário de quem atende nos ESFs, que atende 70%. da população.”

Outro foi Ricardo Alba e seu estilo contundente: ” Mais uma vez o Governo quer passar o rolo compressor na câmara de vereadores, mais uma vez não dialoga com os vereadores, com os servidores, com o sindicato” “….senhor presidente, isso não é um projeto de lei, é sobre a hombridade, a palavra de um governo que está em jogo”, “…é um compromisso firmado desde 2014, um projeto do próprio Napoleão, que encaminhou antes das eleições e agora, na véspera de ter que cumprir o acordo, quer mudar as regras em beneficio próprio.”

 

Prossegue: “..esta faltando vereador de coragem para botar o dedo na cara do prefeito, para dizer que não pode fazer isso, falta vereador de coragem para dizer para o Napoleão que ele não manda nos vereadores…”. Finaliza: “eu não sou despachante.”

O Adriano Pereira  aproveitou para ar uma corneteada no Lanzarin e no Alba, mas lembrou os 15 partidos que formam a  base.da administração e a “farra dos cargos comissionados.”

Almir Vieira (PP) afirmou: “..estamos aqui para tratar das condições das pessoas, ninguém está aqui para querer sacanear, não vamos fazer um auê em cima de coisas sérias…”

Sobrou para Alexandre Matias, como líder do governo, fazer a defesa, começando por criticar em especial o Alba, e depois: “existia até sexta-feira a possibilidade do governo enviar para cá projeto adiando em um ano o plano de cargos e salários para a saúde, mas buscou-se um plano B, uma saída para manter o plano, beneficiando 2 mil e poucos servidores…”.

Enfim. Mais uma vez, sem diálogo com servidores, com os vereadores e com a comunidade, a administração municipal passa o rolo compressor.

Sobre a versão da Prefeitura para a mudança, leia aqui.

1 Comentário

  1. Rolo compressor…Não sabem o que aprovam…projetos sem discussão…apagar das luzes…despachantes do prefeito. Bom…nenhuma novidade, né?
    E só pra constar. Oito a cinco? OK. Normal. Mas, pelo histórico conhecido do legislativo, sabemos que os mesmos cinco que votaram contra, se estivessem na situação, votariam com o governo os mesmos projetos e sem ler. E os outros oito esbravejariam os mesmos discursos contrários.

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