A vaga não existe no regimento interno da Câmara Municipal, mas é comum no Congresso e nas Assembleias Legislativas.
Tem mais caráter simbólico e representativo no campo político do que propriamente efetivo do ponto de vista prático.
Bruno Cunha decidiu aceitar o convite do prefeito Mário Hildebrandt, ambos do PSB, com a tarefa de representar o Parlamento na ausência do líder, Alexandre Matias (PSDB), e auxiliar na interlocução do Governo com a Câmara e com a sociedade civil. Entende que é um espaço de representação que pode deixar em evidência as políticas públicas que vem defendendo.
Tem a questão política. Bruno é vereador da base, único do PSB. Tem postura independente, mas soma votos a base governista em boa parte dos projetos polêmicos de interesse da Prefeitura. É o segundo vereador mais votado de Blumenau.
Agora é pré-candidato a deputado estadual e, por incrível que pareça, disputa espaço dentro do partido. Recentemente o PSB de Blumenau filiou Fabiano Dadam, presidente do Sindifisco e também pré-candidato à Assembleia Legislativa. O partido fez um ato importante na cidade e não convidou o vereador.
Fora os bastidores.
Como é improvável que dois candidatos do PSB de Blumenau sejam eleitos, um concorre com o outro, no caso de uma vaga para o Vale do Itajaí.
A vaga de vice-líder também entra aí. A representação de prestígio do vereador com o prefeito, principal liderança da sigla na cidade, quem dá as cartas internamente. Bruno terá acesso a espaços públicos para trazer temas que considera importante, também ganhando ainda mais visibilidade para sua pré-candidatura.
Assim caminha a humanidade da politicagem .