O papel da propaganda eleitoral na TV e no Rádio

Alexandre Gonçalves

Jornaista

 

Antes de nada, é importante o eleitor entender que é uma propaganda, ou seja, um modo específico de tentar persuadir a alguém para que acredite naquilo que está vendo ou ouvindo. Ou seja, não é, necessariamente verdade o que vamos acompanhar nos programas eleitorais que começam nesta sexta-feira, 21, e se estendem até o dia 4 de outubro, neste primeiro turno.

Por experiência – já tendo trabalhado em algumas campanhas e por acompanhar muitas delas de perto -, sei que se usa de meias verdades, de promessas, de ataques e alguns golpes baixos. Depende do marqueteiro, do candidato e da posição do candidato nas pesquisas eleitorais.

Quer dizer que não dá para aproveitar nada do que dizem no horário eleitoral? Até dá, mas é preciso relativizar. Caso você ouça uma proposta que lhe agrade, pesquise se ela é viável, se o candidato que propõe tem condições de fazê-la, entender porque não foi feito ainda e por aí vai.

Analise a trajetória e a coerência do candidato. Com quem ele esteve agora? Com quem ele está aliado? O que ele fez até colocar seu nome para esta eleição?

Neste momento tão importante da democracia brasileira, não podemos cair na tentação do discurso fácil, da promessa que parece que vai resolver todos os problemas.

O rádio e em especial a televisão ainda são ferramentas importantes para os candidatos levarem suas mensagens para os eleitores, ainda mais com a dimensão do nosso país. Essas mensagens ainda tem o poder de persuasão bastante grandes, mas hoje não estão mais sozinhas.

Temos a Internet como uma grande fonte de pesquisas. Apesar que muita gente ainda está fora dela, é o caminho para saber se o peixe que os candidatos querem nos vender vale a pena é de qualidade.

Eleitor, você não está comprando nada. Você está assinando uma promissória, um cheque em branco para que alguém te represente nas diferentes esferas de poder colocadas nesta eleição. Você tem muita responsabilidade nesta hora.

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