OEA diz que Brasil tem o 1º caso extremo de fake news pré-eleições

As notícias falsas e campanhas de desinformação tomaram as redes sociais em períodos eleitorais dos Estados Unidos e do Reino Unido, é verdade. Só que, de acordo com a Organização dos Estados Americanos (OEA), o Brasil representa, agora, o primeiro caso de disseminação maciça de notícias falsas para influenciar eleições.

No caso das nações estrangeiras, as plataformas principais para esta prática danosa foram redes sociais públicas, como Facebook e Twitter, onde há maneiras de se rastrear a movimentação. Já no caso do Brasil, o principal canal de disseminação de fake news tem sido o WhatsApp, protegido por criptografia. A maneira que muitas agências de checagem de fatos estão encontrando para investigar o problema é entrando em grupos no mensageiro e monitorando por conta própria.

Laura Chinchilla, ex-presidente da Costa Rica e chefe da OEA, afirmou que este fenômeno observado no Brasil é inédito em todo o mundo, com o objetivo de manipular o voto popular. Em suas palavras, este “é um fenômeno tão novo e recente, e é a primeira vez que em uma democracia estamos observando o uso do WhatsApp para difundir maciçamente notícias falsas”.

Laura ressalta, ainda, que o uso de notícias falsas com esse propósito “talvez não tenha precedentes”, acrescentando que sua comitiva está acompanhando testes de certificação das urnas eletrônicas. Até então, não foi encontrado nenhum sinal de vulnerabilidade, contudo.

Fonte: Valor/CanalTech

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