Conversei com quatro pessoas envolvidas, de alguma forma, nas negociações para acabar com a greve dos ônibus. Do sindicato, da Prefeitura e avulsa. Não consegui falar com alguém das empresas. Todos estavam otimistas que a paralisação pode terminar nesta quarta-feira, 30, faltando um dia para 2015 acabar. Uma nova decisão judicial deve trazer outros encaminhamentos, ainda pela manhã.
Pela primeira vez em 12 dias de greve e tantos mais de impasse no transporte coletivo, empresários e trabalhadores sentaram para conversar, sem intermediação oficial, apenas com a presença de dois observadores externos. A iniciativa teria partido dos proprietários das três empresas do Consórcio Siga, para buscar um acordo a partir da segunda liminar dada nesta segunda-feira, 28, pela Justiça do Trabalho. Pelo que apurei, houve avanços na proposta patronal, mas ainda insuficientes.
Teria sido apresentada para os trabalhadores uma proposta de subir o percentual do bloqueio dos créditos das empresas para 65%, para pagamento exclusivo do salário de dezembro e do vale alimentação. O 13º salário, em atraso desde o dia 15, teria ficado de fora da discussão, com o que o Sindetranscol não concorda. Outras simulações também foram discutidas.
Parece que a água bateu na bunda de todos.
Caso a greve prossiga, e assim a ação da Justiça do Trabalho, a Prefeitura passará a integrar o processo, como observadora e apoiadora. O Município pediu judicialmente e conseguiu, ser habilitado para integrar o processo, sem estar nele. Ajudará a Justiça com informações e subsídios, como parte interessada por ser um serviço público, mas ficando de fora das relações trabalhistas.
A terça-feira, 29, que começou com ônibus apedrejados, termina com os primeiros raios de luz no fim do túnel.
Será?
Se os patrões e os empregados fecharem acordo, ao Sindetranscol resta somente acatar a decisão da maioria de seus sindicalizados. O Sindetranscol vive em uma democracia ou uma ditadura ? O sindicato só existe em função dos sindicalizados, desta forma , quem decide é quem manda e neste caso , os funcionários.