Nos últimos dias, alguns moradores, entre eles eu, começaram a fazer questionamentos sobre a coleta seletiva de lixo em Blumenau e o fato chegou até a Câmara Municipal, nas falas dos vereadores Bruno Cunha (PSB) e do líder do Governo, Alexandre Matias (PSDB).
É fato que Blumenau implantou a partir de setembro um novo modelo sobre a coleta de lixo na cidade, desde a vinda da Racli e do começo da operação em definitivo a partir de um conturbado processo de licitação. Mas os ajustes são necessários, entre eles, o de uma melhor comunicação com a população.
O que tem incomodado muita gente é o fato que o lixo reciclado está sendo recolhido por caminhões compactadores, o que faz a iniciativa de muitos moradores de separar o lixo seco inócua. O gerente de resíduos sólidos do Samae, João Carlos Franceschi, garante que a separação sempre foi feita pela Reciblu depois da coleta.
Questionei ele sobre os vidros, que mesmo separados, acabam sendo jogados dentro do caminhão. Ele diz que não é esta orientação. “O caminhão deve deixar os vidros e avisar outro serviço que temos, a coleta especial de material da linha branca – geladeiras, fogões -, que este irá recolher”.
João Franceschi diz que folders estão sendo preparados para orientar a população e repassar os horários deste serviço especial, mas confesso que fica a sensação de retrabalho, pois imagino que assim como eu, muitos moradores acabam tendo vidros separados no seu lixo reciclado.
Hoje cerca de 80% das ruas estão sendo atendidos pela coleta seletiva, um avanço, pois antes deste contrato definitivo eram 50% e a meta é 100% da cidade. Estima-se que cerca de 400 toneladas de lixo reciclado são recolhidas por mês atualmente.
O gerente do Samae diz que a cooperativa de catadores não está dando conta deste aumento da demanda e será preciso rever como será feito esta triagem.
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