Ricardo Willy Ströher
diretor P3 Energia Elétrica
Uma estimativa Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e do Ministério de Minas e Energia indica que a demanda por energia elétrica no Brasil deve triplicar até 2050. Para atender essa demanda, será preciso contar com um sistema confiável, sustentável e acessível aos consumidores. Sem dúvida, um enorme desafio para um país de dimensões continentais.
Mas é preciso encarar essa necessidade como uma ótima oportunidade, não apenas de negócio, mas como uma luz no fim do túnel para o desenvolvimento da indústria nacional, de formação de mão de obra qualificada e de inclusão social.
Somos um país em condições plenas para ter uma ma matriz energética elétrica renovável diversificada.
São 8,5 milhões de quilômetros quadrados de território cortado por rios e condições climáticas favoráveis. O problema é que mais da metade dela está concentrada em energia hidrelétrica. Isso nos colocou diante de um cenário nebuloso ao longo da seca enfrentada neste ano, contribuindo para a elevação do preço da energia.
Se o Brasil conseguisse se livrar dessa “roda de rato”, explorando todo seu potencial de geração de energia eólica e solar, por exemplo, já teríamos três vezes mais energia que toda nossa capacidade instalada atualmente. Atualmente essas duas fontes somam 440 mil MW. A eólica, a mais desenvolvida das duas, gera pouco mais de 6 mil MW, ou 4,8% do total.
Pode, num primeiro momento, parecer muito pouco. Só que não é. O Brasil começou a explorar a matriz eólica há pouco mais de cinco anos e hoje é o quarto país do mundo que mais aumentou a capacidade instalada.
Empresas e governo estão otimistas e apontam que nesse ritmo, até 2025, 25% da matriz de energia brasileira virá dos ventos. Temos ainda a solar e a biomassa para fazer crescer.
E outro caminho apontado é a geração distribuída, onde empresas que atuam no setor afirmam que até 2020, o mundo inteiro receberá US$ 200 bilhões de investimentos em projetos de produção descentralizada de energia.
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