Como bons brasileiros, as três empresas que operam o transporte coletivo de Blumenau – Glória, Verde Vale e Rodovel e mais o Siga – entregaram, no limite do prazo, os documentos em resposta à intimação da Prefeitura no dia 17 de dezembro. Entre 17h e 19h desta segunda-feira, 4, as defesas foram protocoladas.
A fase da argumentação jurídica é feita por pesos pesados do meio na cidade. Antônio Carlos Marchiori é o advogado do Consórcio Siga e da Nossa Senhora da Glória. A Verde Vale e a Rodovel tiveram a orientação de Newton Janke. Entre tantos predicados na carreiras, foram também procuradores gerais da Prefeitura de Blumenau.
Marchiori na gestão de Décio Lima (PT), lá nos começo dos anos 2000. Janke foi o primeiro procurador indicado por Napoleão Bernardes (PSDB) e ficou um ano no comando da Procuradoria Geral do Município.
Gente grande, que entende.
Conversei apenas com o Marchiori, responsável pela defesa do Consórcio e da Glória, ou seja, de 66 % do sistema. Duas vezes.No fim da tarde com mais detalhes.
Ele repetiu os argumentos de descompasso econômico do sistema,ou seja, as contas não fechariam e os empresários querem partilhar as responsabilidades com o Poder Concedente. No caso, hoje a gestão Napoleão Bernardes (PSDB).
Não pode passar para a história como os únicos responsáveis por afundarem o transporte coletivo de Blumenau. A responsabilidade é conjunta.
Esta é a mensagem que a defesa da maior empresa e do Consórcio Siga, responsável pela maior parte dos problemas, buscará passar na defesa apresentada para a Prefeitura e também à opinião pública. Segundo o advogado Antônio Marchiori, é nesta linha que foram encaminhadas também as defesas da Rodovel e Verde Vale, além de respostas para um ou outro questionamento específico na notificação do município.
O argumento é a inviabilidade financeira e operacional do serviço prestado hoje. O advogado lembra que em 2012 foi contratada uma empresa de consultoria para “reequilibrar” o sistema. Na época, e nos números da defesa do Siga, o déficit era de R$ 43 milhões.
A consultoria recebeu pelo serviço. Fora isso, pouco avançou.
Isso cinco anos depois da licitação de onde veio o Consórcio. Tanto a licitação, quanto a auditoria, aconteceram na gestão de João Paulo Kleinübing (PSD).
De 2007 até 2014, na versão do Siga e da Glória, houve um descompasso financeiro de pouco mais de R$ 61 milhões.
se é tão ruim caiam fora… Vou dar uma dica… Se roubassem menos e fizessem gestão não chegavam nesse ponto. 3 empresas que envergonham Blumenau.