Expectativas

A partir deste 1º de janeiro de 2019 começa uma nova era na política brasileira, literalmente, sem juízo de valor.

Depois de um ciclo que começou com Fernando Collor, foram quase 30 anos de PSDB e PT no poder, sempre com o MDB no lugar certo.

Houve momentos decisivos para a nossa história – a reconstrução democrática, o controle da inflação, o Real, o crescimento econômico e o fortalecimento de políticas públicas para amenizar as desigualdades sociais – , mas o modelo se esgotou, pelo menos neste momento, pelas questões econômicas e éticas.

Jair Bolsonaro (PSL), apesar de sete mandatos inexpressivos como deputado federal, assume falando o que muitos querem ouvir: mais segurança, diminuição da máquina pública, combate a corrupção, liberdade econômica, gestão eficiente.

Tem a torcida a seu favor, pelo menos nesta largada. A oposição do PT e cia será forte, mas restrita ao barulho.

Na Câmara dos Deputados uma renovação sem precedentes. O mesmo discurso que fez Bolsonaro presidente elegeu uma bancada totalmente nova, fazendo o PSL pular de um para 52 deputados federais, a segunda maior da Casa. O Partido Novo fez oito. Muitos outros elegeram-se no embalo da “nova” política.

Farão diferente? O sistema vai mudar? É realmente esta intenção? Vão conseguir?

Em Santa Catarina, a expectativa também é enorme e a novidade maior ainda. Ao contrário de Bolsonaro, Carlos Moisés (PSL), que começou a campanha comandante e virou governador, é um novato na política. Montou um governo com pouca influência partidária e propõe mudar paradigmas na administração pública.

Assim vale para vários estados importantes, como o Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná, onde o perfil dos administradores públicos mudou totalmente. Tem ainda São Paulo, com João Dória, e o Rio Grande do Sul, dois representantes do PSDB que chegam com a aura do “novo”.

Viveremos novos ares da mudança? Esses ares levarão em conta o bem coletivo?

É sempre assim, a cada ano que passa vivemos novas expectativas. Mas agora, muito mais latentes.

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