A Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou nesta quinta-feira (10) uma declaração que não reconhece a legitimidade do novo mandato de Nicolás Maduro na Venezuela.
A aprovação aconteceu logo após Maduro tomar posse de um segundo mandato presidencial.
A resolução foi aprovada com 19 votos a favor, 6 contrários, 8 abstenções e 1 ausência. Entre os países que votaram a favor estão Argentina, Estados Unidos, Colômbia, Chile, Equador, Canadá e Brasil. Venezuela, Nicarágua, Bolívia e alguns países caribenhos votaram contra, e entre os países que se abstiveram está o México.
A medida é um chamado à “realização de novas eleições presidenciais com todas as garantias necessárias para um processo livre, justo, transparente e legítimo”, afirma o texto.
A sessão extraordinária do Conselho Permanente da OEA foi solicitada pelas missões da Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Guatemala, Paraguai e Peru.
A Assembleia Geral da OEA é composta pelas delegações de todos os Estados membros ativos, que atualmente são 34. Cuba não participa.
Con 19 votos a favor; 6 en contra, 8 abstenciones y 1 ausencia, Consejo Permanente de la #OEA acuerda “no reconocer la legitimidad del período del régimen de @NicolásMaduro a partir del 10 de enero de 2019” #OEAconVzla #Venezuela pic.twitter.com/UMmndgcs03
— OEA (@OEA_oficial) 10 de janeiro de 2019
Em sua posse, logo após prestar juramento, já com a faixa presidencial, Maduro criticou opositores durante discurso. O presidente reeleito disse que a Venezuela está no “centro de uma guerra mundial”, conflito que, nas palavras dele, é travado por “governos satélites dos Estados Unidos”.
No discurso, o venezuelano insistiu na crítica aos países vizinhos com presidentes opositores a Maduro, como o Brasil e a Colômbia. “Veja o caso do Brasil, o surgimento de um fascista como Jair Bolsonaro”, atacou.
Sobre a Colômbia, cujo presidente Iván Duque também se opõe ao regime chavista, Maduro disse: “Quem libertou a Colômbia foi o exército de [Simon] Bolívar, não do Capitão América”.
Fonte: G1
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