As responsabilidades da Vale, o gabinete de Eunício e o profeta em Brasília

Vale

A empresa Vale “não enxerga razões determinantes de sua responsabilidade” no acidente da barragem em Brumadinho. E por isso não afastará em hipóteses alguma sua diretoria.

A frase é de um dos principais advogados da empresa, Sergio Bermudes.

PGR

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou nesta segunda-feira (28) em São Paulo que o Ministério Público Federal formou uma força-tarefa em Minas Gerais para investigar os danos ambientais e as responsabilidades penal, cível e administrativa do rompimento da barragem de Brumadinho.

Segundo a procuradora, “executivos da empresa responsável pela barragem”, a mineradora Vale, podem ser responsabilizados. Até a última atualização desta reportagem, havia a confirmação de 60 mortos, sendo que 19 foram identificados. Há 305 desaparecidos, e 192 pessoas foram resgatadas vivas.

Mourão

O presidente em exercício, general Hamilton Mourão, afirmou nesta segunda-feira, 28, que o gabinete de crise do governo está estudando a possibilidade de a diretoria da mineradora Vale ser afastada de suas funções durante as investigações sobre o desastre que aconteceu na última sexta-feira (25) em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte.

“Essa questão da diretoria da Vale está sendo estudada pelo grupo de crise. Vamos aguardar quais são as linhas de atuação que eles estão levantando”, disse a jornalistas ao deixar o Palácio do Planalto, em Brasília. Mourão, no entanto, admitiu não saber se o grupo pode fazer tal recomendação. “Tenho que estudar, não tenho certeza”, afirmou.

Gabinete

A pedido de seu suplente Paulo Marinho, Flávio Bolsonaro, alvo de suspensa investigação, herdará o gabinete de Eunício Oliveira, investigado pela PGR por corrupção e lavagem de dinheiro.

Flávio poderá entrar a partir de sexta-feira, quando parlamentares eleitos tomarão posse.

Jucá

Romero Jucá, o profeta, já está em Brasília. A ideia é unificar o MDB. Teremos eleição para a presidência do Senado e da Câmara na sexta-feira.

Universidades

“A ideia de universidade para todos não existe”. A declaração do Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, dada ao Valor e divulgada na segunda-feira 28, foi utilizada para justificar a manutenção do ensino técnico como um dos principais pilares da Reforma do Ensino Médio, aprovada por Medida Provisória no ano passado, no governo Temer.

Segundo o ministro, o retorno financeiro dos cursos técnicos é maior e mais imediato do que o da graduação, o que pode diminuir a procura por Ensino Superior no Brasil.

“As universidades devem ficar reservadas para uma elite intelectual, que não é a mesma elite econômica [do país]”, declarou Rodríguez. Segundo a reportagem, não está prevista a cobrança de mensalidades em universidades públicas, mas Rodríguez fala da urgência de reequilibrar os orçamentos. Ele também defende a continuidade do enxugamento do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), iniciado já na gestão como alternativa econômica para aliviar os cofres públicos.

Resumo do Brasil: mais um crime ambiental, “sucessão” no gabinete do Eunício, profeta Jucá de volta à Brasília e a elite intelectual.

Fontes: G1, UOL e Folha

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