Na sessão desta terça-feira, 26, durante um aparte de do vereador Almir Vieira numa fala de Cezar Cim, ambos do PP, revela-se muito como funciona a relação entre o Parlamento e Executivo.
Almir Vieira diz: “Esta casa está virando uma palhaçada, quando vereador vem aqui falar em economia e dizer que é independente. Aqui ninguém é independente, para estar na Mesa Diretoria teve que ter participação de parceiros…”, “Para falar de economia aqui, não pode ter 50 cargos no Governo”, “vamos ter moral e ter vergonha na cara em falar em diminuir custos e ter 50 cargos lá”, “falta de vergonha na cara…”
Ele não se referia a Cezar Cim e, mas muito provavelmente, a quem lhe antecedeu nos apartes, Alexandre Matias (PSDB) e Marcos da Rosa (DEM).
O contexto era o debate sobre o eventual aumento no número de vereadores, leia aqui.
Cezar Cim rebateu o colega de partido. ” E por falar em cargo na Prefeitura, por enquanto não tenho nenhum, diferentemente do colega Almir, que teve a honra de ter dispensado quase 100 cargos que ele indicou…gostaria de ter a força que “vossa excelência” tem….isso que é um vereador poderoso”.
Antes que alguém ache que estou exagerando, vendo coisas, veja a fala dos dois na sessão desta terça-feira.
Pelo que sei, hoje apenas os vereadores Cezar Cim (que assumiu neste ano), Adriano Pereira (PT) e Professor Gilson (PSD) não tem cargos indicados na Prefeitura. Os vereadores Bruno Cunha (PSB) e Almir Vieira tinham, mas por terem entrado em rota de colisão com a administração municipal, tiveram seus indicados exonerados pelo prefeito Mário Hildebrandt (sem partido).
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