O Facebook trabalha há meses no desenvolvimento de uma criptomoeda para o WhatsApp. A empresa criou em maio de 2018 uma divisão de blockchain justamente para se concentrar nesse projeto. E, aparentemente, ele será lançado no primeiro semestre de 2020.
É o que aponta uma reportagem do New York Times, que conversou com cinco pessoas próximas ao projeto. Segundo o jornal, o Facebook já mantém conversas com casas de câmbio para oferecer sua criptomoeda aos usuários.
Ela poderá ser usada para enviar dinheiro para contatos do WhatsApp em qualquer parte do mundo e para realizar pagamentos dentro do mensageiro. Uma diferença em relação a outras criptomoedas é o alcance do aplicativo, que já começa com uma grande base de usuários para ser impactada.
Para tirar o projeto do papel, o Facebook reuniu 50 engenheiros em sua equipe de blockchain. A divisão é comandada por David Marcus, ex-CEO do PayPal e membro do conselho da casa de câmbio Coinbase. Até pouco tempo atrás, ele era responsável por serviços de mensagens do Facebook, como o Messenger.
Ainda de acordo com o NYT, os trabalhos estão sendo restritos até mesmo para outros funcionários da companhia. O time de blockchain atua em um escritório que exige cartões de acesso especiais para limitar o acesso.
O objetivo do Facebook é evitar que sua criptomoeda registre variações tão grandes quanto as do Bitcoin, por exemplo. A companhia espera que ela seja mais estável e, para evitar a especulação, fará com que seu valor seja atrelado ao de moedas convencionais, como o dólar e o euro.
A empresa de Mark Zuckerberg não é a única que pretende oferecer uma moeda própria. Os serviços de mensagens Telegram e Signal também têm planos nesse sentido. E, nos dois casos, as criptomoedas deverão ser parecidas com as alternativas mais famosas.
Com 300 milhões de usuários, o Telegram deve lançar em 2020 a Gram, como sua moeda foi batizada. Ela arrecadou mais de US$ 1,7 bilhão em sua oferta inicial. A empresa enviou, em janeiro, uma carta a investidores para informar que 90% dos componentes centrais de sua rede foram estabelecidos.
O Signal, por sua vez, arrecadou um valor bem menor para a chamada Mobilecoin. Depois de levantar US$ 30 milhões em 2018, a companhia tenta arrecadar mais US$ 30 milhões.
Com informações: Ars Technica e TecnoBlog
Seja o primeiro a comentar