O deputado federal transferiu seu título eleitoral de Blumenau para Itajaí, onde nasceu, tem parte da família e vínculos afetivos, profissionais e políticos, sendo um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores na cidade. Décio Lima disse que a transferência se deu após a análise da conjuntura estadual e regional, quando uma das conclusões foi a de que o nome dele não seria uma alternativa eleitoral para a cidade da qual foi prefeito por dois mandatos.
E aí a estratégia é mirar na cidade vizinha. Décio lembra que o PT de Itajaí perdeu uma importante liderança em Itajaí, o ex-prefeito Volnei Morastoni, que debandou o PMDB. Antes de ser deputado federal, foi administrador do porto, justamente na gestão de Morastoni.
O deputado aposta no desgaste da administração Belini (PP), marcada pelas denuncias de corrupção reveladas pela Operação Dupla Face, que resultou na prisão de membros do primeiro escalão. Seu principal adversário será Paulinho Bornhausen (PSB) , que depois de perder o Senado para Dário Berger (PMDB), tenta a vez na cidade portuária para se cacifar ao Governo do Estado e assim manter as devidas tradições familiares e políticas.
Décio diz que não quer ser candidato apenas do PT. Entende que pode canalizar forças de oposição em uma eventual candidatura por conta do descontentamento de outras legendas da cidade com a administração pública e seus parceiros, nos quais ele inclui o PSB de Bornhausen.
Como estratégia, entendo que o deputado está certo. São mínimas a chance do PT na disputa à Prefeitura de Blumenau. Fazer os mesmos três vereadores vai o ser o “pau da goiaba” . Em Itajaí, há o desgaste da gestão Belini e a associação de Bornhausen com ela. O PT tem poucas chances eleitorais em 2016 no estado e tem que se agarrar nas que aparecerem. A cidade que mais cresceu em desempenho econômico do estado nos últimos anos é uma delas. Tem que tentar.
“Não vou me desvincular de Blumenau”, finalizou o deputado. O pepino eleitoral do ano que vem aqui na cidade para o PT ficará para a esposa e deputada Ana Paula Lima ou o genro e vereador Jefferson Forest.
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