O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, esteve nesta quarta-feira (19), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para explicar os vazamentos de supostas conversas entre o então juiz e o Ministério Público Federal (MPF) no Paraná.
As mensagens divulgadas comprometem a imparcialidade da Operação Lava Jato, pois as conversas revelam que o juiz supostamente teria conduzido as investigações, papel exclusivo do MPF.
Alguns pontos chamaram atenção na participação de Sergio Moro. Em vários momentos, o ministro mostrou uma certa falta de memória em relação a conversas com o procurador da República, Deltan Dallagnol.
Defendeu a Operação Lava Jato, criticou o teor das conversas, a forma como Glenn Greenwald e a equipe do site The Intercept tem tratado e divulgado as reportagens sobre as supostas conversas, sugeriu a ação de um “grupo criminoso de hackers”, negou que seu celular tenha sido invadido e falou sobre clonagem.
Nos momentos em que senadores do PSL e aliados questionaram o ministro, sobrou elogios aos feitos do então juiz, exaltaram a Operação Lava Jato e a sua indicação para ministro.
Flávio Bolsonaro (PSL) em determinado momento percorreu por uma teoria conspiratória que está na internet, segundo a qual Glenn Greenwald, do site The Intercept, contratou um hacker russo para invadir celulares de autoridades brasileiras. E o pagamento teria sido feito “em bitcoins”.
Flávio ainda citou acusações de que Gleen e seu companheiro, o agora deputado federal, David Miranda (PSOL), “teriam comprado o mandato do então deputado federal Jean Wyllys, do mesmo partido”. “Por uma quantia que seria de 700 mil dólares, além de uma mesada de 10 mil dólares para o ex-big brother.”
Senadores de oposição focaram as perguntas no vazamento das conversas entre Moro e Dallagnoll, e disto vieram questionamentos sobre a suposta atuação imparcial do juiz frente a Operação Lava Jato, o processo do ex-presidente Lula, a relação com o MPF, a suposta proteção ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e as conversas divulgadas de um grampo entre a então presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Lula.
Moro também foi questionado sobre falas anteriores em relação a divulgação de grampos e sobre empresas que perderam capital por causa da Lava Jato.
Sobre o convite para ser ministro, Moro disse que houve uma sondagem antes do segundo turno das eleições, mas que sua nomeação nada tem a ver com a condenação do ex-presidente Lula.
Talvez pela quantidade de horas que esteve na Comissão, talvez por não lembrar mesmo, uma tática ou nada disso, o que ficou evidente é que o ministro Sergio Moro se contradiz em alguns momentos. O que não ficou claro, é o teor das mensagens. Não deu para entender se Moro reconhece as mensagens, se ele considera que o suposto “grupo criminoso de hackers” adulterou as conversas ou se elas são reais.
Sobre sair do governo, afastou a ideia, mas disse não ter um apego ao cargo. Ainda disse que a divulgação das conversas é sensacionalista.
Encerrando, Simone Tebet (MDB), que preside a Comissão, chamou Moro de senador.
Em certo ponto, até saiu um “posso ter dito alguma coisa”, no mais: hackers, hackers e hackers.
Moro louvou a democracia.
Moro senador? Acho que mais para cima!
A atuação destacada de Sérgio Moro no Senado Federal, lhe garante pontos suficientes para almejar a vaga como ministro do STF!
Se fortalece diante da população e do Parlamento pois com tranquilidade, não deixou nenhum questionamento sem resposta e explicou o que já sabíamos: sua conduta foi justa, imparcial, transparente e bem educada, mas a esquerda golpista (bem mal-educada diga-se); se nega a ver a verdade.
A democracia, a justiça e o Brasil agradecem ao Ministro.
Quanto aos hackers… esses deveriam expor as provas reais; do contrário devem ser presos!