Na manhã do último sábado (22), moradores da Nova Rússia realizaram um mutirão para finalização da construção da primeira Fossa Ecológica de Blumenau, reconhecida pela Prefeitura.
A ideia surgiu em março quando técnicos do Samae iniciaram um diagnóstico para identificar as condições sanitárias nas moradias daquela região.
Até agora, mais de 60 residências e comércios já foram visitados. O tanque de evapotranspiração (TEVAP), também conhecido como fossa de bananeiras, foi o sistema apresentado pela equipe do Samae por ser uma alternativa viável e de baixo custo para tratamento de esgoto em residências não atendidas pela coleta pública de esgotamento.
Humberto Bruzadelli, técnico da ETA III do SAMAE, sugeriu o modelo a uma família que estava construindo uma casa no início da Nova Rússia, próximo à estação de tratamento de água. “Eles gostaram da ideia e, no sábado, voluntários da Nova Rússia vieram para ajudar a finalizá-la e aprender como é construída”.
Nos quatro dias de trabalho necessários para a montagem da estrutura, com volume de 10m³, foram utilizados 26 pneus, 1,5m³ de areia, 5 m³ de barro e entulhos, 1,5m³ de brita e 3m³ de concreto. “Este tamanho de TEVAP atende uma família de 5 pessoas. Antes de iniciar a construção, é necessário saber quantos moradores há na casa para o correto dimensionamento, garantindo assim, a plena tem eficiência do sistema”, explica Humberto.
Essa é mais uma das ações do SAMAE para o desenvolvimento sustentável da Nova Rússia na área de saneamento, coleta de resíduos e proteção dos mananciais. O diretor-presidente do Samae, André Espezim, relembra o que já foi realizado pela autarquia e o que ainda será desenvolvido no local. “Nossa intenção é melhorar a infraestrutura para que a ETA III também seja uma atração turística. Já realizamos algumas reformas e estamos concluindo outras, também estamos trabalhando em um projeto para ampliação de rede de abastecimento em aproximadamente 2,5 km”, afirma.
Além dessas ações, o Samae promove a proteção das nascentes do Ribeirão Garcia em parceria com o IPAN, contribuindo com R$ 168 mil/ano. “A autarquia não apenas trata e fornece água de qualidade, mas implementa ações que asseguram que esta chegue à captação nas melhores condições possíveis”, finaliza André Espezim.
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