A primeira massa de ar polar do inverno assustou os desavisados: as temperaturas caíram para menos de 5°C em várias regiões do país. Santa Catarina foi um dos estados mais atingidos. E a preocupação com o frio não foi apenas com os humanos. No Zoo Pomerode, a equipe de veterinários e biólogos realiza adaptações na rotina e na estrutura física para manter o conforto das espécies.
Já no início do inverno, a alimentação é o primeiro quesito a sofrer alterações. De acordo com Leandro Maciel, responsável pela nutrição das espécies, o aumento calórico é a primeira ação para esta época. “Para manter a temperatura do corpo, muitos animais gastam mais energia. Por isso, as dietas são mais ricas em calorias neste período”, comenta.
A estrutura física do Zoo Pomerode também possui adaptações. Nas áreas chamadas de cambeamentos (locais para realizar o manejo dos animais de forma segura) um sistema de aquecimento fica ligado. “Este espaço existe como mais uma opção para utilização dos animais. No inverno, ele também vira um local de conforto térmico, especialmente para as noites”, diz. Camas de feno também são instaladas para que os animais mantenham o corpo aquecido.
Os cuidados especiais também chegam aos répteis. “Essas espécies dependem muito da temperatura do ambiente para a regular a do corpo. Por isso, instalamos placas e tocas aquecidas, que simulam o ambiente natural desses animais. Eles podem optar pelo espaço onde preferem ficar”, finaliza Cezar Santos, biólogo.
Sobre o Zoo Pomerode
Maior zoológico de Santa Catarina, o Zoo Pomerode abriga 1.011 animais, de 242 espécies diferentes. Destas, 40 espécies estão na lista mundial de ameaçadas de extinção. Na sua maioria, os moradores do espaço não têm condições de voltar à natureza porque foram vítimas de maus-tratos ou acidentes.
A história do espaço começou há 87 anos, em 1932. São 35 mil metros quadrados para visitação, localizados no Centro Histórico de Pomerode (SC).
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