Os novos sabores do Centro – por Marina Melz

Foto: Marina Melz
marina_melz_100x100Coluna:

MARINA MELZ
jornalista
Foto: Marina Melz
Foto: Marina Melz

Trabalho no Centro de Blumenau. Mais precisamente, da minha janela neste instante vejo uma construção que imita o enxaimel com direito a flores nas janelas e ouço a Rua XV de Novembro e os seus vários momentos – às vezes mansidão, outras completo caos. Por sorte nossa, há, nos últimos tempos, um novo e feliz momento pelas vielas da nossa região central no que diz respeito à gastronomia.

Enquanto na Rua XV se multiplicam as placas de aluga-se, nas suas transversais o que cresce é o número de opções. A Rua Capitão Euclides de Castro é um dos mais amáveis exemplos disso. Tudo começou com o Machu Picchu Mate com os sabores dos seus mates, opções saudáveis e vontade de mudar o mundo. Seguiu com o Polpetta, especializado numa das nossas mais queridas iguarias: o pão com bolinho. E agora o Brasilic Superfood trouxe ainda mais saúde, cor e sabores incríveis para a rua. Isso sem contar os recém-inaugurados Daily Coffee Shop (na Paul Hering) e Café du Centre (na Floriano Peixoto), só para citar os locais bem próximos de mim.

Dá gosto de caminhar pelas transversais da Rua XV. Não tem como não se animar com a quantidade de empreendedores que está colocando a mão na massa, buscando alternativas e gerando novas opções para os milhares de trabalhadores que ainda exercem suas atividades no Centro.

É uma galera com um sorriso no rosto que dispensa qualquer legenda. Num dos locais, gosto de ir provar sucos diferentes só pra recarregar as minhas energias de bom-humor e energia positiva.

Os lugares já viraram pontos de encontro de algumas tribos e as empresas estão adotando as reuniões informais em locais fora do ambiente corporativo. Não é difícil encontrar mesas repletas de estudantes discutindo biologia enquanto, ao lado, executivos falam sobre variação cambial.

Pelas mãos desses empreendedores – muitas vezes preocupados com o meio ambiente, com cardápio diferente de tudo o que se via e engajados socialmente – é possível ver o Centro renascer. E, já que o amor pode mesmo começar pelo paladar, quem sabe estejam nos dando a chance de andar a pé e nos apaixonarmos de novo pela nossa cidade.

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