Uma menção nominal ao presidente Jair Bolsonaro (PSL), no caso dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, foi divulgada na edição de hoje, 29, do Jornal Nacional.
De acordo com o noticiário, a simples citação do presidente pode levar o caso para o Supremo Tribunal Federal (STF), devido ao foro privilegiado.
Em uma live no Facebook, o presidente atacou duramente a TV Globo e chamou a reportagem de “patifaria”.
De acordo com o telejornal, o caderno da única portaria do Vivendas da Barra, onde Bolsonaro tem casa no Rio, foi analisado pela polícia e apontou a visita de Élcio Vieira de Queiroz, suspeito de ser o motorista do carro que levou o assassino da vereadora e do motorista dela.
O porteiro do condomínio disse em depoimento que Élcio indicou a o número da casa do então deputado federal e alguém com a voz igual a de Bolsonaro autorizou a entrada, No entanto, neste dia, Bolsonaro estava na Câmara dos Deputados, segundo registro de presença da Casa consultado pela reportagem da Globo.
No mesmo condomínio vivia o policial militar reformado Ronnie Lessa, apontado pelo Ministério Público e pela Polícia Civil como o autor dos disparos e foi para lá que Élcio se dirigiu. O porteiro afirma então que ligou para a casa de Bolsonaro novamente e que a voz, atribuída a ele, teria dito saber para onde o veículo liberado estava indo.
Élcio e Ronnie saíram juntos do local mais tarde, na mesma noite do crime.
Ainda segundo a Globo, antes da divulgação das informações, no dia 17 de outubro, representantes do MP foram a Brasília para consultar o presidente do STF, Dias Toffoli, sem avisar juiz do caso, para perguntar se deveriam continuar com as investigações. Toffoli ainda não respondeu.
PSOL cobra esclarecimentos
Em nota, o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, classificou a informação divulgada pelo Jornal Nacional como “muito grave”. Além disso, a sigla à qual pertencia a vereadora exigiu esclarecimentos “imediatamente”.
Com informações: UOL
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