Blumob e Sindetrancol e a disputa de versões onde só o usuário do transporte coletivo de Blumenau tem a perder

Foto: reprodução Youtube

A Blumenau e o Sindetranscol se movimentam neste momento mais jogando para a torcida pela imprensa e pelas redes sociais do que realmente querendo resolver o impasse que marca mais uma negociação da campanha salarial dos trabalhadores do transporte coletivo.

Na última rodada de negociação, dia 23, transmitida ao vivo pelo Facebook, a empresa pediu mais tempo para avaliar algumas propostas, mesmo que elas já tenham sido encaminhadas com bastante antecedência. O assessor sindical Ricardo Freitas fez, claramente, a cobrança das datas, dias 30 e 31, o que foi consentido pelos representantes da Blumob.

No dia 30 a conversa deveria envolver o Seterb também e a outra, dia 31, somente entre empresa e sindicato. Só que a empresa não apareceu na do dia 30 e, ao final da tarde daquele dia, mandou um e mail suspendendo também a rodada do dia 31, transferindo para o dia 6 de novembro, esta quarta.

Ato seguinte, o Sindicato forçou uma paralisação relâmpago de duas horas no começo da manhã do dia 31, sem realizar assembleia e avisar a população.

Nesta terça-feira, 05, a Blumob enviou um comunicado à imprensa, falando que só voltaria a negociar com mediação judicial. 

Não sei se mandaram esta decisão para o Sindetranscol, mas o fato é que, mesmo sabendo desta postura da Blumob pela imprensa, o comando da negociação compareceu nesta quarta-feira, 6, no hotel onde as negociações estavam acontecendo. Mas, lógico, não havia ninguém lá. A ação foi transmitida ao vivo novamente pelas redes sociais, veja aqui.

E no final, lideranças do sindicato dizem que vão conversar com a categoria para definir o que fazer, lembrando que existe uma decisão judicial que obriga que 90% da frota se mantenha em atividade em caso de nova paralisação, que só pode ser tomada depois de assembleia da categoria e comunicação prévia.

Também no meio da tarde desta quarta-feira, a Blumob emitiu novo comunicado, onde reforça que “em face da greve ocorrida no dia 31 de outubro, o lado patronal, por segurança jurídica, seguirá negociando perante a Justiça do Trabalho.

O lado patronal, anteriormente a greve ocorrida, acreditava na continuidade do processo negocial entre as partes e chegou a propor reunião de negociação para a data de hoje, sem marcar o horário, esperando a resposta do sindicato com sugestão de hora. Contudo, a deflagração da greve foi a resposta.”

Nas palavras e nas táticas de negociação, as partes tentam se impor. Tomara que levem em conta os usuários e aqui é preciso dizer que não é só responsabilidade do sindicato. A Blumob parece ter feito tudo para levar a negociação para a Justiça, fugindo da mesa de negociação.

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