Novembro Azul: uma lei do vereador Mário que o prefeito Mário pode melhorar

Neste mês de novembro, estamos sendo bombardeados – positivamente – com informações e estímulos para que homens, em especial aqueles com mais de 40 anos, façam os exames preventivos do câncer de próstata, que basicamente são dois: o exame de PSA e o famoso exame de “toque”, um exame clínico feito por um médico urologista.

Os dois exames são complementares, mas apenas o PSA é realizado na rede pública de saúde de Blumenau. O de toque retal não.

O Novembro Azul é um movimento nacional, mas que virou lei municipal em Blumenau por iniciativa do então vereador Mário Hildebrandt em 2013, que disse na época que o primeiro desafio é a quebra do preconceito quanto ao exame de prevenção, muito mais simples e do que o tratamento da doença. “Na condição de homem, me sinto no dever de apoiar o debate sobre as ações preventivas para o alcance de maior qualidade de vida”, complementou na defesa do projeto.

Hoje Mário Hildebrandt é prefeito, tem o poder da caneta e pode fazer realmente sua lei ser efetiva.

A começar por facilitar o acesso aos exames de PSA nas unidades de saúde. Fui no Ambulatório da Fortaleza na tarde de quarta-feira, tinha cinco atendentes sem fazer nada e me disseram que eu precisava ir na sexta-feira, a partir das 7h30 para “tentar” agendar a consulta para a outra semana. “Mas a fila chega lá na rua, disse o atendente”, super motivador.

E mesmo assim, fiquei sabendo através da Secretaria da Saúde, que não necessariamente o médico me encaminharia para fazer o exame, mesmo eu pertencendo ao grupo alvo.

Diga-se de passagem, não consigo ainda entender a lógica do AG da Fortaleza, de concentrar em apenas uma manhã a marcação de consultas para a comunidade em geral, mas este não é o tema da postagem.

E a segunda iniciativa, seria, pelo menos apenas em novembro, disponibilizar urologistas na rede para fazer o tal exame que gera tanto preconceito. Não é um público tão alto – homens, acima de 40 anos – , o que valeria um estudo aprofundado neste sentido.

Uma maior conscientização passa por serviços público efetivos disponíveis. Fica a dica!

PS: Pessoal da Secretaria de Saúde entrou em contato para avisar que o exame de toque é sim feito na rede pública, desde que o clínico geral encaminhe para um urologista e este entenda que é necessário. O problema é a demora para a marcação de especialistas na rede. 

 

2 Comentário

  1. Resumindo , outra lei para fazer de conta , já que o munícípio não faz sua parte junto aos Ags.

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