A troca de camisas na política catarinense

Napoleão Bernardes e Gelson Merisio foram protagonistas do processo eleitoral de 2018. Napoleão era nome certo para ser candidato ao Senado pelo PSDB, houve um sonho tucano dele ser candidato ao Governo e acabou como candidato a vice na chapa de Mauro Mariani (MDB), ficando de fora do segundo turno.

Já Gelson Merisio era contestado dentro do seu partido de então, o PSD, mas construiu as forças internas que garantiram sua candidatura ao Governo do Estado. Obteve 28,91% dos votos no segundo turno, sendo derrotado pela onda 17 personificada em SC pelo então comandante Carlos Moisés (PSL).

Após a eleição, Merisio, sem mandato, ficou sem clima no partido, ainda mais com a ascensão de Júlio Garcia, que voltou para a política, elegeu-se deputado estadual e virou presidente da Assembleia Legislativa. Flertou com o PP, de quem foi parceiro na eleição passada, mas surpreendentemente foi anunciado no ninho tucano, com o respaldo, entre outros, do ex-senador Dalirio Beber.

Dalirio aliás teve papel central na decisão de Napoleão Bernardes sair do PSDB, que estava filiado há pelo menos 18 anos. Ao ex-senador é atribuída a negociação de última hora – junto com Paulo Bauer e Marcos Vieira – com o MDB, garantindo a vaga ao Senado para Bauer e deixando apenas a posição de vice para o ex-prefeito de Blumenau, que deixou o cargo de forma antecipada pensando em sonhos mais altos.

Napoleão Bernardes deixou o PSDB para cuidar de sua vida pessoal e profissional, mas voltou rapidamente para a política partidária para o PSD, pelas mãos de Julio Garcia e de Jorge Bornhausen.

É óbvio que os movimentos de Merisio e Napoleão tem conotação eleitoral, o primeiro provavelmente na eleição municipal do ano que vem e o segundo em 2022.

1 Comentário

  1. Napoleão tinha uma grande carreira politica , mas infelizmente cercou-se de pessoas ruins , deu no que deu .

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