O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta sexta-feira o projeto do excludente de ilicitude que enviou ao Congresso, mas afirmou que haverá punição em caso de dolo na ação de um militar.
O projeto reduz a possibilidade de policiais e militares serem punidos em casos de mortes em serviço durante ações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
Para Bolsonaro, se o projeto for aprovado não será um passe livre para militares cometerem erros e excessos e se eles ocorrerem haverá punições.
“Vai que numa operação de GLO acontece um imprevisto em uma área urbana e se for submetido a uma auditoria militar vai pegar de 12 a 30 anos de cadeia. Isso não é justo, isso que está em jogo , disse o presidente, após participar de um encontro militar no Rio de Janeiro.
“Nenhum militar vai sair cometendo excessos e absurdos e isso não passa pela nossa cabeça e um possível excesso doloso tem punição”, acrescentou.
Na véspera, ao anunciar o envio do projeto ao Congresso, Bolsonaro disse que ele representará uma “guinada” no combate à violência no país.
“Vamos depender agora dos parlamentares, deputados e senadores, de aprovar isso”, disse na quinta-feira.
Sobre a ameaça do governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), de entrar com uma ação na Justiça contra ele depois que Bolsonaro o acusou de manipular o conteúdo das investigações do caso Marielle Franco para atingi-lo, o presidente disse nesta sexta que Witzel precisa ter a humildade e procurá-lo para tratar do tema.
Garantiu, no entanto, que não haverá prejuízo na relação do governado federal com o Estado do Rio de Janeiro.
Fonte: Reuters
Seja o primeiro a comentar