O deputado estadual Onir Mocellin (PSL) anunciou nesta semana que não colocará o nome para ser o candidato da sigla a prefeito de Itajaí.
A notícia tem relação com Blumenau por conta do colega Ricardo Alba (PSL), pré-candidato a prefeito de Blumenau.
Mocelin e Alba são os únicos que se mantéis fiéis ao governador Carlos Moisés (PSL) na Assembleia Legislativa, de uma bancada de seis, sendo chamados de traidores pelos colegas.
E são os que correm mais risco de desgaste por conta do futuro incerto com a saída do presidente Jair Bolsonaro do PSL para a nova Aliança pelo Brasil, que ao que parece, não conseguirá estar legalmente formalizada por conta da necessidade de quase 500 mil assinaturas físicas até o final de março do ano que vem.
Talvez a dificuldade de disputar sem estar no partido do presidente possa ter motivado a decisão de Mocellin. Mas, no vídeo gravado e divulgado nas redes sociais, ele fala “por respeito a meus eleitores”, “cumprir mandato”, veja aqui.
Certamente não é isso. E vale a reflexão, que vale para o deputado Alba.
Não considero “desrespeito ao eleitor que votou” o deputado estadual que quer ser prefeito, assim como o vereador que quer ser deputado.
E, caso eu tivesse votado em um candidato que elegeu-se para deputado federal ou senador e em seguida tentasse ser prefeito, pensaria, mas não ficaria contra.
Por duas situações.
A primeira é que, em todas destas circunstâncias, o candidato não perde o mandato. E as urnas dirão se o eleitorado dele concordou ou não.
A segunda é que, o vereador que quer ser deputado e o deputado que quer ser prefeito é o caminho natural. Gente delegada para o Legislativo, que ascende e busca uma chance administrar uma cidade.
Por isso, não vejo problema algum e nem “queimação”, o fato do deputado estadual Ricardo Alba, o mais votado em SC, ser candidato a prefeito. Coloca o nome ao eleitor e, em caso de derrota, tem mais dois anos de trabalho pela frente e terá que mostrar ainda mais serviço caso queira tentar à reeleição.
Não é o que penso sobre o caso recente em Blumenau, do ex-prefeito Napoleão Bernardes (PSD, mas então no PSDB). Napoleão foi reeleito pela maioria da população e ficou 15 meses no segundo mandato, sendo que boa parte dele com a cabeça no projeto eleitoral de 2018.
Era uma aposta, uma vontade, uma vaidade, uma avaliação errada. Dele e de quem estava ao lado.
Perdeu. Arriscou demais e teve que dar uma segurada na promissora carreira de político.
Personifiquei os dois – Alba e Napoleão – para exemplificar bem como entendo que são situações distintas.
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