Por mais que a tecnologia 5G esteja se popularizando no mundo todo, o Brasil parece ter ficado de fora de sua implementação, pelo menos por enquanto. Operadores de telefonia, fornecedores de equipamentos e fabricantes de smartphones já consideram como adiado para 2021 o leilão da tecnologia 5G no país.
O governo, por sua vez, nega o adiamento, mas, de acordo com empresas do setor, foram enviados informações de que o presidente Jair Bolsonaro dará mais um ano para que as companhias de telecomunicação americanas possam aprimorar sua tecnologia de conectividade 5G. O objetivo é permitir que os EUA possam competir com a Huawei pelo fornecimento de equipamentos de rede no Brasil.
Com o recebimento de um prazo maior, fica claro que há um comprometimento com a manutenção das relações alcançadas entre Bolsonaro e Trump, atual presidente dos Estados Unidos.
Pessoas ligadas diretamente às conversas entre os dois governos afirmam que os americanos pediram que a votação fosse adiada em dois anos. Esse pedido faz parte do plano dos EUA de impedir que a Huawei atue em mercados 5G de aliados, após as acusações de espionagem feitas pelo governo norte-americano aos chineses.
Rumores apontam que representantes do governo Trump fizeram com que Bolsonaro ficasse sabendo que a parceria estratégica firmada com os EUA estaria comprometida se um acordo com um “rival” fosse firmado e o equipamento 5G fosse fornecido.
A proibição da Huawei por aqui seria um passo importante nos planos do presidente norte-americano em fazer com que a empresa perca território no fornecimento de tecnologia. O Brasil, por conta do tamanho de seu mercado interno, pode definir o padrão de rede na América Latina.
Como exemplo da influência do Brasil, em 2006, com a chegada do modelo de TV digital japonês por aqui, outros países da América Latina acompanharam nossa decisão e adotaram o modelo do país asiático.
Os equipamentos fornecidos pela Huawei são os preferidos, pois são menores, mais baratos e mais potentes. A empresa já se encontra em 60% das redes das operadoras brasileiras, porém, com esse pedido dos EUA, o futuro pode ser diferente. Mesmo assim, as operadoras tendem a comprar tecnologia da empresa que oferece o melhor custo-benefício. Atualmente, quem oferece tudo isso é a Huawei.
Fonte: Olhar Digital
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