O líder do Governo na Câmara, Robinson Soares, o Robinho, anuncia que está de saída do PSD. Ainda não disse para onde vai, mas está entre PP, DEM e até o PR. O prazo para quem tem mandato deixar o partido do qual se elegeu é até o fim desta semana. Para ingressar em outro, 2 de abril.
O motivo alegado por Robinho é incompatibilidade com o projeto de Jean Kuhlmann, pré-candidato do PSD a prefeito. O deputado estadual entrou em rota de colisão com os vereadores da sigla, que optaram por apoiar o prefeito Napoleão Bernardes (PSDB). Há um sentimento de que, confirmada a candidatura de Kuhmann, este pode esvaziar o projeto de reeleição de Robinho e do colega Fábio Fiedler.
Fiedler também está desconfortável, mas não sairá, por não perceber horizontes favoráveis.
O PSD foi o partido que teve o melhor desempenho eleitoral para o parlamento em 2012. Elegeu quatro vereadores, todos com expressiva votação. O que teve menos foi o próprio Robinho, com 4.514 votos. Um resultado e tanto, levando em conta que o projeto de manutenção do partido na Prefeitura começou a naufragar já no primeiro turno, com a vantagem de Napoleão.
Hoje o PSD só conta com Robinho e Fábio. Logo no começo do mandato Zeca Bombeiro se bandeou para o Solidariedade e no ano passado Mário Hildebrandt, atual presidente, foi para o PSB.
Ironia. O PSD, com Jean Kuhlmann a frente, tem tudo para fechar um “frentão” de siglas no enfrentamento a Napoleão Bernardes. Mas não terá mais uma nominata forte para a Câmara Municipal.
O candidato mais representativo será Fábio Fiedler, que se se bobear, nem pedirá voto para Kuhlmann.
Qualquer partido que aceitar a filiação do Vereador Robinho antes da definição da operação tapete negro vai ser mais um partido que não tem nenhum moral .