Em meio à pandemia de coronavírus (covid-19), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), derrete a sua base de aliados.
Esperávamos de alguém que só usa linguagem militar – e analogias com casamento (Freud deve explicar) -, uma postura de liderança frente a esse inimigo mundial. Mas aconteceu exatamente o contrário, minimizou a pandemia, chamou de “histeria” e “gripezinha”. Voltou da viagem aos Estados Unidos e passeou entre poucos manifestantes, ainda com a suspeita de que estava contaminado. Grande parte da comitiva foi diagnosticada com coronavírus.
No enfrentamento à pandemia, não se entende com os governadores, que unem esforços para tentar conter a disseminação do vírus.
Para piorar o quadro, um dos seus filhos, Eduardo Bolsonaro, ainda arrumou confusão com um dos maiores parceiros comerciais do Brasil, a China.
Antes mesmo da pandemia, perdeu apoio de aliados. Em uma confusão pelo controle dos fundos do partido, deixou o PSL e na tentativa de criar um partido para chamar de seu, falhou. O Aliança não saiu do papel para as eleições municipais e pela projeção da perda de popularidade, dificilmente estará pronto para as eleições de 2022.
Sem contar nas panelas que não cessam nas janelas pelo Brasil e demonstram uma insatisfação – arrependimento também – com os caminhos ou descaminhos que o presidente escolheu para o país.
O afastamento do presidente da sua cadeira de comandante maior da República não parece distante. O isolamento já começa a se desenhar.
Uma espécie de “parlamentarismo branco” com Rodrigo Maia à frente das pautas urgentes para o Brasil? Impeachment? Afastamento para tratamento de saúde? Renúncia?
Já tem gente olhando para o vice, Hamilton Mourão.
O que resta para Bolsonaro? Um golpe de estado?
Acredito que lhe faltaria apoio.
Em pouco tempo, o “mito” se transformou no “calamitoso”.
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