Na noite deste domingo, 29, o Twitter removeu dois posts da conta oficial de Jair Bolsonaro: a rede social afirma que está apagando conteúdo que possa “colocar as pessoas em maior risco de transmitir COVID-19”.
Cada tweet tinha um vídeo no qual o presidente critica a quarentena, recomendada por especialistas de saúde; e defende o uso da hidroxicloroquina contra o novo coronavírus.
Em um dos vídeos, gravado em Taguatinga (DF), Bolsonaro defende que as pessoas continuem trabalhando, e pede para “quem tem mais de 65 ficar em casa”. Ele concorda ao ouvir uma pessoa dizer que “tem que abrir os comércios e trabalhar normalmente”; e afirma que a hidroxicloroquina está dando certo contra o COVID-19.
No outro vídeo removido, feito em Sobradinho (DF), o presidente critica o isolamento social e diz para jornalistas que “o país fica imune quando 60, 70% foram infectados”. Ele volta a mencionar a hidroxicloroquina, afirmando que um remédio contra o coronavírus “já é uma realidade”.
O Twitter não menciona os motivos exatos pelos quais os posts foram removidos, mas explica em comunicado que expandiu suas regras “para abranger conteúdos que forem eventualmente contra informações de saúde pública orientadas por fontes oficiais e possam colocar as pessoas em maior risco de transmitir COVID-19”.
A rede social cita alguns exemplos em seu blog oficial: ela pedirá que uma conta remova tweets que influenciem as pessoas a não seguirem recomendações de autoridades de saúde para diminuir a exposição ao COVID-19; isso inclui dizer algo como “o distanciamento social não é eficaz”.
Os perfis também deverão remover posts que descrevam tratamentos ou medidas de proteção ineficazes, mesmo “que não sejam diretamente prejudiciais”. Ainda não há comprovação de que a hidroxicloroquina é eficaz no combate ao coronavírus.
Vídeos de Bolsonaro continuam no Facebook e YouTube
Esta é a primeira vez que o Twitter remove posts de Bolsonaro. A Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto diz que não vai comentar. Os vídeos compartilhados pelo presidente seguem disponíveis no Facebook e no YouTube.
Há alguns dias, o Twitter apagou posts do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e do senador Flávio Bolsonaro. Eles usaram um vídeo gravado por Drauzio Varella em janeiro, quando ainda não havia casos do coronavírus no Brasil, e não mencionaram o contexto. O médico pedia que as pessoas levassem a vida normalmente, e que não havia motivo para pânico.
Fonte: Tecnoblog
Trata-se de “briga de cachorro grande”.
Quero ver a reação de quem nos livrou da esquerdalhada!