O jornalista não é dono da verdade e nem tem o monopólio da informação. Ele apenas é o profissional que foi formado e/ou teve a vivência para trabalhar com ela.
Nestes tempos enlouquecidos de Redes Sociais, onde somos bombardeados de informações que chegam de todos os lados, de acordo com algoritmos pré-definidos, todo mundo é doutor e reina a universidade da “pós-verdade”.
Se eu acredito, me basta.
Mas não é assim. O conhecimento é criado diariamente e vem de gerações para gerações, desde o começo da humanidade, desde as primeiras formas de comunicação. Muitos, ao longo dos séculos, tentaram negá-lo ou colocar a serviços de interesses, mas o conhecimento relevante sobreviveu e sempre sobreviverá.
Cabe ao jornalista, que celebra seu dia neste 7 de abril, receber e decodificar a informação, retransmitindo em forma de notícia, explorando o máximo de ângulos possíveis, com clareza e responsabilidade.
Não é tarefa fácil e nem sempre é possível.
Mas é nossa responsabilidade, ainda mais em tempos de fakes news praticamente institucionalizadas, vindas da maior autoridade da República, que modo deliberado, publica notícias distorcidas e o que é pior, falsas, com o claro intuito de gerar confusão. Um irresponsável.
Mas esta praga da Fake News está por todo o lugar e, claro, o Informe Blumenau também é atingido. Nesta terça-feira, passei o dia inteiro em cima de uma reportagem, que só publiquei depois de ouvir a fonte principal. Achei estranho os argumentos dele, mas publiquei sua versão.
Poucas horas depois, soube que pegaram o corpo da reportagem e a foto usada e fizeram uma outra manchete, tentando atingir a figura em questão, de modo leviano, usando o Informe Blumenau. A fake news foi disseminada pelos grupos de whats.
A primeira pessoa que me alertou foi uma autoridade pública, que me conhece há mais de dez anos e sabe do meu trabalho. Em seguida, procurei a pessoa da reportagem, também uma autoridade pública, para lhe colocar a par da situação. Lamentou e disse: “que saudade dos tempos em que a notícia vinha de fontes conhecidas e com o crivo dos bons profissionais!!!”, elogiando minha postura.
Alguns amigos e conhecidos foram solidários com o Informe, destacando que os autores da maldade, do crime, buscam usar a credibilidade do portal e deste jornalista, para disseminar uma notícia falsa contra uma pessoa.
Não fico satisfeito, como também não fico satisfeito com aqueles me dizem que campanha política é assim. Não é não.
De qualquer jeito, com muitos erros e acertos, me orgulho muito de ser jornalista. Comecei a escrever em máquina de datilografar e hoje tenho tudo que preciso na palma da mão, inclusive a notícia, de forma imediata. Lá se vão 30 anos, de aprendizado constante e de valorização permanente do trabalho que escolhi para mim.
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