Livre arbítrio. Devemos esperar bom senso da população?

No final de março, quando o governador sinalizou que poderia flexibilizar a retomada da maioria das atividades econômicas e depois voltou atrás, escrevi um post perguntando se haveria bom senso da população com a flexibilização do decreto que restringe uma série de atividades econômicas e de circulação de pessoas, leia aqui.

A possibilidade de retomada da maioria das atividades para o começo da semana pós Páscoa é real.

Já aconteceu nesta, com a volta da construção civil, das atividades da cadeia automotiva, dos profissionais liberais, da área de saúde e autônomos. Especula-se que o comércio em geral será reaberto nesta segunda-feira.

Em Blumenau, o prefeito Mário Hildebrandt (Podemos) fez uma solicitação formal ao governador Carlos Moisés (PSL) para gerenciar o retorno de atividades como as lojas, shopping centers, Igrejas e o transporte coletivo na cidade.

Tanto o Governo quanto a Prefeitura enfatizam que a retomada deverá ser cercada de cuidados e regras claras de funcionamento.

A semana que vem é uma daquelas que se considera como decisiva para a evolução – ou não – da doença e seus impactos no serviço de saúde.

A pressão econômica, aqui sem juízo de valor, faz os administradores flexibilizarem as atividades na contramão ao que está acontecendo na Europa. Apostam na disciplina e responsabilidade das pessoas.

Mas não é o que vemos, ainda antes da retomada completa. Nestes últimos dias é possível perceber, pelo menos em Blumenau, que muita gente está nas ruas, uma ansiedade normal depois de três semanas de confinamento.

Os cuidados até acontecem, muito mais mais do que antes, mas talvez insuficientes para conter a força deste vírus que já provocou a morte de 95 mil pessoas no planeta até agora.

Não é hora de baixar a guarda, pelo contrário, todo cuidado é importante. E necessário, para que estes 22 dias de quarentena feito pela maioria da população não tenham sido em vão.