Suzana Sedrez
Psicóloga, Dra. em Educação, Mestre em Ciências Sociais
A sensação de que tudo ia bem acabou. Estamos vivendo um golpe (sob o rótulo de impeachment) de um lado, e de outro, o duro exercício da consciência política e social, com participação ativa em diferentes frentes, nas ruas e redes sociais.
Assistimos o abuso do poder com manobras do judiciário e do legislativo, observando a mídia respaldar os ícones desse teatro de horror, que se traduz num golpe jurídico-mediático. Nele, estão as mesmas forças que mataram Getúlio em 54 e que, posteriormente, acalentaram por dez anos a instauração da ditadura de 64.
No bojo dessas dissidências a questão do petróleo imposta pelos EUA (sempre eles, no mundo todo).
A mesma bandeira da ética contra a corrupção, para desestabilizar governos democráticos, continua a ser usada desde então. Só que corrupção, na boca da direita, esconde que o que está sendo ameaçado é a democracia, o Estado de Direito.
A massa de manipulados tem sua subjetividade construída pela ideologia generalizada da corrupção de um só partido. A mídia amalgama uma transferência incondicional ao Grande Outro que impõe sua verdade. Nesses veículos, ideias são recalcadas ao ponto de jornalistas falarem em “ex” presidenta quando esse fato ainda não ocorreu. Escapa algo desse imaginário doutrinado, pois o sintoma vem pelo ato falho.
Muitas das manobras seletivas dão contorno a um Estado de exceção, onde juízes tudo podem e nada fica assegurado para o cidadão, alguns, inclusive, em sôfrega perseguição. A Constituição é reinterpretada a luz de certos interesses de classe social, tudo com aparência de legalidade.
Essa mídia não quer ver que cinquenta e quatro milhões votaram por um projeto que tirou da pobreza quarenta milhões de pessoas. Nela não se admite conquistas sociais inegáveis que alavancou mobilidade social reconhecida no mundo todo, apesar da famigerada aliança do PT com o PMDB e de um congresso que representa as forças econômicas retrógradas da sociedade. Essa mídia privatizada não mostra as grandes obras de infraestrutura de um Brasil que alçou ser a 6° economia mundial e que organiza novas forças de desenvolvimento social pelos BRICs, contrapondo-se ao FMI, recompondo outras possibilidades geopolíticas.
Coexistimos, na prática, com um Estado policial, especialmente nos Estados governados pelo PSDB, que está sucateando saúde, educação e cultura combatendo violentamente qualquer manifestação que se oponha aos seus interesses. Concomitante, a Procuradoria Geral da República, de Rodrigo Janot, lenta nos processos contra o Deputado Eduardo Cunha. Este, réu, acelera o processo de impeachment de uma presidenta honesta e sem crimes. O Supremo Tribunal Federal, de Gilmar Mendes, consolidando a jato perda de direitos civis e garantias individuais do ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva, empossado/suspenso/empossado/suspenso Ministro Chefe da Casa Civil, por exemplo.
(Me pergunto se os ministros do STF, como Teori Zavascki, Ricardo Lewandowski e Luís Roberto Barroso, farão valer o Estado democrático de direito e as garantias do cidadão, fundamentadas pela constituição, estabelecendo os limites da democracia sendo desestruturada pela República do Grampo, desculpe, do Paraná do Juiz Sérgio Moro?).
Enfim, não se combate a corrupção só pelo judiciário. Aliás, só é possível pela alteração da estrutura do Estado com educação, cultura, participação popular para o controle dos gastos públicos, para justiça social, demarcação de terras, regulação do agro negócio, estado laico, democratização dos meios de comunicação e tals.
É preciso lembrar que em 64 não havia a internet (olha aí a importância do marco zero tão questionada, recentemente, por ocasião da sua regulação). Neste caso, as redes estão cumprindo um papel inegável de democratização da informação. Essa democratização exige informação, discussão, consenso, o que dá muito trabalho. É um embate que não oferece atalhos porque é uma luta constante de persistência política.
Amar é um ato político e cotidiano. O fanatismo é desamor e está, também, dentro de cada um de nós. Assim como o Fascismo atua dentro da democracia. Hoje somos em maior número.
Muitos mais entraram nas escolas, aumentaram o poder de consumo, atuam em redes e querem ver obedecidas as regras legais de sucessão dos seus representados.
Pensemos sobre nossa responsabilidade na construção de uma ética mais solidária para as necessidades do nosso tempo. Procuremos ficar ao lado de quem não aposta no retrocesso porque continuamos favoráveis ao mote “o petróleo é nosso”, ou seja, a nossa soberania com aperfeiçoamento constante de uma democracia cada vez mais inclusiva.
Mais uma ideologista surda e cega .O golpe ja foi dado, chama-se PT e aliados .Em que país está vivendo?
Rubens. Está é a ideologia de quem nunca viveu acorrentado numa caverna! Leia A República de Platão, e principalmente o Mito da Caverna, que vc vai entender do que estou falando! Compactuo com o que foi dito pela companheira Suzana Sedrez.
Os chefes militares rejeitaram a idéia do Planalto de decretar “Estado de Defesa” para coibir e reprimir manifestações, como na Venezuela.
Esse “Estado de Defesa” sim seria um baita GOLPE.
Já o impechment, seguindo a risco o que determina a constituição é LEGAL e LEGÍTIMO!
Quem põe governante, tem o direito de tirá-lo, devido a tanto descaso com a roubalheira atualmente.
Nunca ninguem sabe de nada.
Será mesmo que ela é a cega? Os verdadeiros cegos são aqueles que acreditaram em 54 e em 64 na mesma Globo e agora novamente cegos, ignoram tudo o que seja contra a sua madrinha da mídia. Acordem para a realidade !!!!!! Deixem de ser tolos e burros…… A Globo te engana, a Veja te engana, o Moro te engana (aliais, ele está se cagando de medo, pois vai ter que responder ao STF …..) Parabéns a Suzana, que não deixa se enganar pelas oligarquias midiaticas. O PSDB quer entregar nosso pré-sal aos americanos, como já começaram a fazer. Leiam a wikileaks…..
Essa história do Estado de Defesa que Caiado espalhou beira ao ridículo, só não é mais hilaria e criativa do que a fuga de Lula para a Italia que a Veja colocou na capa essa semana.
Em que mundo essa gente que acredita nessas coisas vive?
É só ler a Wiki desse Ronaldo Caiado para entender que não tem nem merece a mínima credibilidade.
Como esses radicais de extrema esquerda são cegos. É quase surreal ler o texto desta militante, tecendo elogios aos golpistas do PT. Estudar e ler História lhe faria muito bem, pois repete chavões e mitos criados pela esquerda brasileira.
O sujeito ter títulos é uma coisa, e conhecimento é outra. Bem diferente.