Sempre escrevi que o maior cabo eleitoral, o decisivo para a fazer Jair Bolsonaro presidente, foi o PT. O anti-petismo insuflou um obscuro candidato, um medíocre deputado federal de sete mandatos e um capitão que envergonha o Exército e o catapultou ao mais alto cargo público do Brasil.
E muita gente boa apertou no 17 na urna, fora tantos outros que se elegeram ou se beneficiaram com o tsunami eleitoral de outubro de 2018.
Mas, aos poucos, já era possível constatar descontentamentos pontuais com o Governo e o clã Bolsonaro: o sumiço do amigo Queiroz, a rachadinha, a ligação da família com a milícia carioca e as posturas do presidente começaram a gerar arrependimentos aqui e acolá.
Apesar da inegável qualidade técnica do ministério, alguns ministros tinham postura absolutamente caricatas, muitos já ficaram pelo caminho.
E a economia, que move o humor de 10 entre 10 pessoas, também não avançava com a velocidade necessária, o que aumentava a desconfiança.
E para piorar, o novo Coronavírus, uma pandemia mundial que chegou ao Brasil e dividiu o Governo entre os especialistas em saúde e o presidente da República, o que culminou com a saída do ministro Henrique Mandetta, que ganhou visibilidade graças a posição firme pelo isolamento no combate ao Covid-19. O presidente exonerou o ministro da Saúde no auge da crise, o que gerou nova crise de confiança do eleitor do “mito”.
E agora um duro golpe, ainda durante o enfrentamento contra o Coronavírus. O pedido de demissão do juiz Sérgio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o juiz “herói” da Operação Lava Jato, que prendeu Lula e outras grandes lideranças do PT e de outros partidos.
O ministro mais emblemático do Governo, que encarna o combate a corrupção, sai disparando e insinuando que o Presidente quer interferir nas investigações da Policia Federal.
Depois disso, a repercussão nas redes sociais já não disfarça a decepção no Governo Bolsonaro. Vi muita gente, defensores do presidente de primeira hora, externando o descontentamento com a saída do ministro e com a postura de Bolsonaro.
Faz parte. Assim é a democracia e infelizmente erramos mais que acertamos. Mas é preciso aprender e seguir em frente, como bem escreve o advogado Marco Antônio André, em artigo para o Informe Blumenau.
Mas, o fato é que muita gente está pulando do barco comandado pelo capitão Jair Bolsonaro. Os próximos dias mostrarão se ele ficará a deriva ou o timoneiro conseguirá recuperar a confiança da tripulação e dos passageiros.
Estamos em um momento muito difícil, por mais que o presidente seja quem é, os seus aliados saindo e ele perdendo confiança do povo, o seu “plano” parece estar indo bem. O que pede o seu eleitorado está sendo atendido, querem que os militares comandem o Brasil e assim esta sendo, sempre que um ministro cai, entra um milico, já já o presidente é só mais porta-voz do exército e não sei se isso é um bom sinal.
Verdade. Muita gente pulando do barco até porque sabem que o paraquedas rasgado do capitão não vai servir pra nada dentro d’água.
Na verdade o barco não esta indo na direção do seu Ego…
Restou-lhe sair… e pela porta dos fundos…
Fez seu nome naquilo que é pago pra fazer – e muito bem pago – prender os que não cumprem a Lei…
Pelo que me consta o então Juiz não foi OBRIGADO a assumir o cargo de ministro..
Aguente as consequências ..
E a mídia … Ah a mídia é perversa e sensacionalista…