Cerca de cinco horas depois da coletiva do agora ex-ministro Sérgio Moro, o presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento para falar sobre a perda de seu ministro mais prestigiado. Estava acompanhado de todo o primeiro escalão, todos sem máscara e não guardando o distanciamento recomendado para combater o Coronavírus.
E fez ao seu estilo. Vou mostrar quem tem o “compromisso com seu ego ou com o Brasil ou com o povo brasileiro”, começou sua fala.
Em mais de uma fala lembrou que Sérgio Moro não havia participado da campanha dele, Bolsonaro. Lembrou que deu autonomia para os ministros, mas deixou claro na época que a ultima palavra seria dele.
Disse que estava lutando contra o sistema, contra poderosos – coisas que aconteciam no Brasil não acontece mais, orgulhou-se -, e criticou a falta de isenção da Imprensa, se colocando na posição de vítima. Diz que a PF “de Sérgio Moro” preocupou-se mais com a morte da vereadora carioca Marielle e não com o atentado contra ele na campanha eleitoral.
“Será que interferi com a Polícia Federal”, rebatendo a fala de Moro de que o presidente queria interferir na PF.
Referiu que seu ministro era anti-desarmamentista. “Ministro precisa cumprir o que prometi na pré e na campanha eleitoral tem que ser cumprido, pois se não está no Governo certo!”
Dirigiu-se diretamente a Sérgio Moro: “o senhor disse que tinha uma biografia a zelar, vou dizer que tenho um Brasil a zelar.”
Depois de mais de 30 minutos falando de improviso, o presidente Bolsonaro leu um texto de três folhas, onde repetiu o que havia falado antes, com algumas coisas a mais.
Muito poucos são comprometidos com:
Do Povo, Pelo Povo e Para o Povo…
A grande maioria é sensivelmente preocupada com o próprio umbigo,
com o poder ilimitado….
Já vai tarde sr. ex-juiz – ex ministro –