Karin Bendheim
Jornalista
A sensação é de que fomos enganados.
De início, a caducidade do consórcio Siga, surgiu como uma esperança para a resolução de tantos problemas no transporte coletivo de Blumenau. Entendemos que uma semana sem ônibus seria justificável e fomos extremamente compreensíveis durante o primeiro mês de atuação da empresa Piracicabana, que nos fez enfrentar situações complicadas com a ausência de diversos horários, ônibus ainda mais lotados que na época do consórcio Siga e até mesmo com a frequência de carros quebrados acima do aceitável. Isso sem falar dos problemas dos cobradores de ônibus, visto que muitos até hoje trabalham em pé ou sentados em um lugar inapropriado para a atividade.
Mas, nos disseram que em um mês tudo estaria normalizado. Depois de um mês nos virando com o que nos era oferecido, esperávamos uma situação melhor. Contudo, o atual cenário me lembra mais os dias de Glória. Sim, aqueles dias em que eu dependia dos ônibus da empresa Glória, responsável pela maior parte das linhas do consórcio Siga.
Ônibus com problemas mecânicos ainda são comuns. Em dias de chuva, mesmo com os ônibus cheios e muitas pessoas em pé, parte dos bancos laterais (aqueles ao lado das janelas), ficam vazios, pois a água que escorre pra dentro, mesmo com as janelas fechadas, é tanta que os assentos ficam molhados.
Além disso, o pior dos problemas ainda persiste: atraso dos horários. Na atual situação, se atrasar está quase que tudo bem, pois outras vezes o ônibus simplesmente não aparece. Um exemplo foi o que ocorreu nessa quarta-feira (23), no terminal da Fortaleza. O ônibus previsto para as 18h42, linha 601, não veio. A moça ao meu lado disse que ultimamente ele estava atrasando todos os dias. Quando deu dez minutos de atraso procurei um fiscal e questionei. Ele disse que o ônibus estava vindo de outro terminal, que estavam com problemas de falta de carros e que ele viria às 19h. Outras linhas passam e nada do 601. Fui reclamar de novo e a resposta é que estavam verificando. Em seguida a moça ao meu lado também foi reclamar ao fiscal.
O ônibus já estava com mais de 30 minutos de atraso. Voltamos ao fiscal, que até então parecia não se preocupar com nossa situação. Tivemos que pressionar ele e um motorista para que alterassem a rota de um ônibus para contemplar também os destinos que eu e outras pessoas aguardávamos há tanto tempo.
Quer dizer, aquele horário simplesmente não foi cumprido. Mas está previsto lá na tabela de horários, fixada no próprio terminal. Só aconteceu, pois houve muita reclamação e ainda de forma adaptada. Saímos do terminal 40 minutos depois do que dizia a tabela.
Já basta de dias de Glória, quer dizer, da situação que nos era proporcionada pela empresa Glória.
Queremos transporte coletivo em pleno funcionamento agora e não apenas depois de uma licitação.
Cumprir os horários é o mínimo que se espera de uma empresa, afinal é o que nossos chefes e colegas de trabalho esperam de nós. Está no contrato e precisa ser cumprido.
A s empresas de antes nem salários dos funcionários pagavam mais. Essa fulana falando abobrinha porque não tinha ninguém de sua família passando fome sem salários!
Este é O choque de gestão prometido em campanha .É preciso abrir esta caixa preta chamada Piracicabana, tem muita coisa a ser esclarecida. Qualidade zero , mas tem muita gente com o bolso cheio , ou alguém duvida ?
Alguém sabe dizer porque o Sindestrancol esta tão omisso, no tempo do SIGA era bem diferente , como ficaram bonzinhos com a Piracicabana enquanto seus filiados sofrem nas mãos desta gente que chegou de paraquedas , mas quem pilotava o avião nos sabemos …
Dois meses já sem greve e as coisas melhorando… Vamos continuar torcendo… Vale lembrar que estão acontecendo audiências públicas… Chorãozinho na internet não leva ninguém a lugar nenhum…
Quem gosta de nada , pouco é muito..