No dia em que mortes por Covid-19 no Brasil ultrapassaram os números da China, Bolsonaro deu de ombros. Ele segue a sua rotina na tentativa de descolar da crise de saúde, que atrapalha tanto os seus planos.
Sobre os 5.017 mortos? “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”.
Hoje, a maior voz dos insensíveis em relação aos doentes e mortos, é Jair Messias.
A justificativa da sua insensibilidade é um projeto que nos livrará da sociedade infectada pelo pensamento comunista, da corrupção e das amarras do “sistema” – sim, ele ressuscitou o termo.
Em meio à pandemia, conseguiu brigar com a maioria dos governadores, em um atrito que permanece principalmente com João Dória, de São Paulo, um dos possíveis candidatos do PSDB à Presidência em 2022.
Furou o isolamento imposto pelas autoridades de saúde, esteve em ato contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.
Viu seu ministro mais popular deixar o seu governo.
Nesta semana, de forma irresponsável, jogou no colo dos prefeitos a culpa pelos números da doença, invertendo a realidade e ligando a alta nos casos, ao isolamento social imposto pelos municípios.
Os prefeitos que o apoiam precisarão de bons argumentos para afastar de suas cabeças a “culpa” estabelecida por Bolsonaro.
Continuarão com ele? É uma boa pergunta. Mas pouco importa, ele já desistiu da democracia, das bases de apoio, prefere os “seguidores”. Prefere a política das cordas esticadas, a política das tensões.
E daí que não serei chamado de estadista, mito já está bom!
Não esqueçamos da “histeria”, “gripezinha”, “quando muito um resfriadinho”, “não vai chegar a esse ponto”, “todo mundo vai morrer um dia”, “o vírus está indo embora” e “eu não sou coveiro”.
“Não posso fazer milagre”
Ele não está nem aí!
Só podia ser estudante de “SOCIAIS”.
“Reportagem” não, opnião tendenciosa. só podia ser estudante de sociais.