As figuras centrais na mal cheirosa compra de 200 respiradores pelo Governo do Estado da Veigamed prestam depoimento nesta terça-feira, 26, na CPI criada para investigar este negócio na Assembleia Legislativa. Os depoimentos estão marcados para às 17 horas e “deve entrar pela madrugada”, disse o relator e proponente, Ivan Naatz (PL).
Márcia Regina Pauli foi a primeira a ser ejetada, quando o escândalo aconteceu. Servidora de carreira, ocupava o cargo de Superintendente Administrativa na Secretaria de Saúde, responsável pelas compras emergenciais para combater o Coronavírus. Afastada preventivamente da função, disse que seguiu ordens do então secretário da Saúde, Helton Zeferino, e do então chefe da Casa Civil, Douglas Borna.
Zeferino foi o segundo a cair, pedindo o boné depois da entrevista da servidora para o grupo ND. Espontaneamente prestou depoimentos à Força Tarefa do MP, TCE e Polícia Civil e nesta fala teria evidenciado a efetiva participação do colega do ex-secretário da Casa Civil na compra.
Douglas Borba ficou sem saída depois das falas de Márcia e Zeferino e também pediu exoneração. Nega qualquer envolvimento, apesar de evidências de suas digitais nesse e em outros negócios, lembremos do hospital de campanha de Itajaí.
Os três serão inquiridos por Naatz e outros oito deputados que tem sido implacáveis nos questionamentos. Sem base política, o governo Carlos Moisés (PSL) está fragilizado nesta comissão, como na Assembleia Legislativa, no geral.
Na quinta-feira, 28, quando a CPI tem novo encontro, deve acontecer a acareação entre os três. A proposta foi feita pelo deputado João Amin (PP), membro da comissão e aprovada pela maioria dos integrantes. O deputado Laércio Schuster já havia feito o mesmo pedido dias antes.
Mais um capítulo importante.
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